As indústrias de bens de consumo duráveis, sobretudo produtoras de automóveis e autopeças, são o destaque na intenção de investimentos em ampliação de capacidade de produção em 2010, segundo a Sondagem de Investimentos da Indústria divulgada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
O superintendente adjunto de Ciclos Econômicos, Aloisio Campelo, explicou que, enquanto na média das 789 empresas informantes do estudo, 40% citaram a ampliação da capacidade produtiva como principal motivo para a realização de investimentos, no caso das empresas do grupo de material de transporte (automóveis, autopeças) o porcentual sobe para 60%, recorde para essa atividade na série histórica da pesquisa, iniciada em 1998.
Das empresas informantes que integram a categoria de bens de consumo duráveis como um todo, 56% pretendem investir em aumento da capacidade este ano, ante 36% no ano passado. “Os segmentos que lideraram a recuperação da indústria após a crise, produtores de bens de consumo, estão puxando os investimentos”, disse Campelo.
Segundo ele, a Sondagem mostrou que os níveis de planejamento em ampliação de capacidade já estão retornando aos altos patamares de 2007 e 2008, de antes da crise. “A crise já passou em termos de retomada da produção industrial, contratações e realização de investimentos, principalmente em expansão de capacidade.
Quando a empresa faz esse tipo de investimento é porque está acreditando no crescimento da economia não apenas agora, mas também nos próximos anos”, observou Campelo. O porcentual de empresas que informaram que pretendem ampliar a capacidade subiu de 24% em 2009 para 40% este ano, quando a intenção alcançou o maior nível desde 2008 (50%). Em 2008, era de 50% e em 2007, de 39%.
Para o analista da FGV, os projetos empresariais refletem não apenas o aquecimento da economia, mas também os incentivos para investimentos, como o PSI (Programa de Sustentação do Investimento). “Fizeram diferença não apenas os estímulos como o PSI, mas também os incentivos fiscais que aceleraram a recuperação da economia”, disse.
Campelo explica que a série histórica dessa Sondagem, iniciada em 1998, revela que há uma estreita correlação entre o Nuci (Nível de Utilização de Capacidade Instalada) e a expansão da capacidade de produção nas empresas. Levando-se em consideração a média dos seis meses anteriores à realização do estudo, o Nuci da Sondagem divulgada hoje (de abril/maio de 2010), relativo ao período de novembro de 2009 a abril de 2010, é de 84%, bem acima do apurado em abril de 2009, de 79,4%, mas ainda inferior a 2008, quando chegou a 85,9% no período.
Automóveis devem atrair mais investimetos
Redação
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