Porém, mais do que investir em melhorar as competências técnicas, segundo o CEO da Thomas International Brasil, Victor Martinez, é fundamental para esse futuro profissional fazer uma reflexão mais profunda e se perguntar: quais são meus pontos positivos? Meu comportamento é mais adequado para que tipo de tarefas? Conseguirei enfrentar uma dinâmica e suas pressões e ainda ocupar a vaga desejada por mim? Estou realmente preparado para escolher minha profissão?
Para o especialista em análise de perfis e executivo de uma das maiores empresas desse setor no mundo, além de investir em cursos, aperfeiçoamentos e sempre buscar o desenvolvimento técnico, o profissional também precisa conhecer seu perfil comportamental. Graças a ele é possível identificar talentos e limitações, medos básicos, seu valor para uma organização, dentre outros detalhes comportamentais, ou seja, é possível se autoconhecer.
Sem visão, possibilidades diminuem
Segundo Martinez, apesar de ser um ponto muito debatido atualmente, o autoconhecimento deve vir acompanhado de uma visão macro acerca dos seus objetivos.
Em outras palavras, quem se conhece e sabe como se comporta em determinadas situações, amplia seus horizontes e suas possibilidades de escolha e sucesso, conforme observou o CEO. Muitos estudantes, e até profisionais, hoje são reféns da sua falta de autoconhecimento.
Martinez disse que isto indica que muitos profissionais e candidatos, por não se conhecerem, acabam aceitando posições, cargos ou tarefas que nada têm a ver com seus perfis naturais de comportamento. E que para atender às demandas comportamentais exigidas para serem bem sucedidos, se modificam tanto comportamentalmente ao longo de suas carreiras, com um custo emocional altíssimo, o que pode gerar: frustração, estresse ou extremo desconforto no exercício da função, que afetam fatalmente o desempenho, e o pior, sem saber o porquê.
Na grande maioria das vezes é simplesmente porque o perfil pessoal não é compatível com o comportamental.
Hora da seleção
De acordo com Victor Martinez, o que determina a contratação de um candidato não é somente seu currículo, mas sim o seu comportamento durante o processo seletivo e com pesos muitas vezes bem diferenciados entre eles.
Inclusive pode haver a seguinte relação de peso: 30% para o currículo e 70% para as dinâmicas, entrevistas e perfil comportamental, dependendo da cultura da empresa. “O currículo ajuda na largada, mas não no desempenho durante a corrida”, exemplificou.