Hoje, o valor do cereal no Canadá e Estados Unidos, sem computar o frete, é R$ 120 mais caro em relação ao custo aplicado na Argentina.
Segundo, Fortunato Fuchio Neto, enquanto a tonelada do grão argentino sai a R$ 367,60, o trigo destes outros países é vendido em média por R$ 487,60. A Trigolar compra em torno de 15.000 toneladas mensalmente. Deste montante, cerca de 7.000 são destinadas para o consumo local e o restante fica em estoque.
A oscilação no mercado internacional foi justamente o principal problema apontado pelo presidente do Sindipan. “A carência de matéria-prima nacional nos coloca a mercê do produto estrangeiro. Também precisamos lidar com a variação cambial, frete e escassez do grão no mercado mundial”, desabafou Carlos Alberto Azevedo
Além do grão argentino, a demanda local é sanada com a farinha de trigo das regiões Sul, Sudeste e principalmente Nordeste, especificamente de Fortaleza. Conforme Carlos Azevedo, o Brasil produz apenas 15% da sua necessidade de consumo.
O Sindpan conta com 83 panificadoras e confeitarias associadas. O dirigente da entidade estima que aproximadamente 6.000 empregos diretos estão sendo gerados pelo setor no Amazonas, contabilizando todas as empresas da região, sindicalizadas ou não.
