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Procura por remédio para gripe aumenta 100% em Manaus

O surto da gripe fez aumentar expressivamente a procura por remédios associados à doença. De acordo com o Sindidrogas (Sindicato do Comércio Varejista de Drogas do Estado do Amazonas), o aumento chegou a cem por cento. A demanda refletiu no estoque dos medicamentos nas distribuidoras que aos poucos estão normalizando, após recesso dos laboratórios.  

Armando Reis, que faz parte da diretoria do Sindidrogas-AM, explica que as distribuidoras trabalham com estoque de seis meses, no entanto, foram surpreendidos com o surto da gripe que impactou o estoque que deveria ser mantido até o retorno dos laboratórios. “As drogarias ficaram abastecidas, mas nas distribuidoras o estoque zerou”. 

Xaropes, antialérgicos e antigripais estão na lista das medicações mais demandadas. Mas, conforme Reis, os laboratórios voltaram dia 10,  e até o dia 20 os distribuidores estão com os estoques normalizados. 

O presidente do Sindidrogas, Alarico Araújo, admite que o segmento não estava preparado para o cenário de surto. O que fez o volume de vendas disparar, além da quantidade eventualmente comercializada. 

As farmácias na capital intensificaram seu fluxo de vendas ao longo desse período. Farmacêuticos afirmam que o movimento é atribuído ao aumento indiscriminado da busca por medicamentos referentes às síndromes gripais, o que também preocupa porque sinaliza que a automedicação principalmente por determinados remédios disparam nesses estabelecimentos.

A farmacêutica Cristina Pinto, observa que a maioria das pessoas querem levar vários remédios para tratar a doença, mas pede que  as pessoas não fiquem tão desesperadas. “Eu entendo que existe o medo de passar por tudo novamente, mas não é bem assim. O correto é buscar atendimento e tentar fazer o teste para confirmar o tipo de virose para tirar  a dúvida e assim entrar com o tratamento correto”. 

Reajustes

Esse comportamento do consumidor pela compra de medicamentos seguindo em alta, deve ser acompanhado pelo aumento nos preços. Segundo Reis, o aumento dos medicamentos acontece uma vez ao ano, anunciado pelo governo federal. “O nosso seguimento é o único no país que quem controla é o governo federal através da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. Nós temos que seguir um caderno de preço que é enviado pela ABCFarma.Significa que nenhuma drogaria no Brasil pode vender medicamento além do permitido pelo PMC (Preço Médio do Consumidor). Este ano, os reajustes devem ocorrer em março”, diz ele.

Estudo

Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor de Farmácia no Brasil – Edição 2021, realizada pelo Ifepec (Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa), com 4.000 consumidores, apontam que a maioria prioriza os preços baixos e programas de fidelidade.

Reforçando a importância de obter as melhores condições financeiras, os programas de fidelidades possuem grande relevância para o consumidor da farmácia, sendo que 86,8% dos entrevistados afirmam participar de algum tipo de programa.

Um dado importante apresentado no material é em relação às pesquisas de preços por parte dos consumidores, 88,4% dos entrevistados afirmaram que não costumam realizar essa ação antes das compras, 8,7% afirmaram que não pesquisaram preços naquele dia específico, mas que costumam pesquisar, 1,8% afirmaram que pesquisaram naquele dia e 1,1 pesquisaram via Web.

Assim, a pergunta que fica é: O que fazer na situação atual para comprar medicamentos? “Mesmo tendo os medicamentos preços tabelados é possível economizar nessas compras. Uma coisa que poucas pessoas sabem é que se tabela apenas o valor máximo dos medicamentos, mas o mínimo as farmácias podem estabelecer de acordo com suas estratégias comerciais”, analisa o presidente da Abefin, Reinaldo Domingos

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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