A ALE (Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas) realiza nesta quarta-feira, dia 12, uma audiência pública para debater com técnicos de instituições públicas, responsáveis pelo controle da aviação civil, de infra-estrutura urbana e de defesa civil, questões relacionadas à localização e permanência do Aeroclube do Amazonas (Aeródromo de Manaus/Flores), situado na avenida Nilton Lins, no bairro de Flores (entrada do Parque das Laranjeiras).
A reunião foi requerida pelo líder do governo na ALE, deputado Sinésio Campos (PT), em decorrência das críticas e pedidos de relocação do Aeroclube que, atualmente, encontra-se dentro da área urbana residencial de Manaus. Fato que poderia colocar em risco as pessoas que moram nas proximidades.
Sinésio Campos reconhece que os últimos acidentes aéreos, mais especificamente o ocorrido com o avião da TAM no aeroporto de Congonhas – localizado na periferia urbana da cidade de São Paulo – quando morreram cerca de 200 pessoas – têm suscitado preocupação e manifestações quanto à segurança dos aeroportos brasileiros. “É óbvio que após uma comoção social, em razão dos recentes acidentes na aviação, surgem inúmeros questionamentos, mas também entendo que devemos tratá-los com serenidade buscando solucionar os problemas. Seria uma atitude precipitada exigir a retirada do Aeroclube – que funciona há 67 anos naquele local – sem antes realizar um debate técnico. Se existem problemas, eles não foram causados pela entidade, mas sim pela ocupação desordenada da área”.
O parlamentar ressalta que o Aeroclube do Amazonas é uma entidade, sem fins lucrativos, reconhecida como de utilidade pública, conforme previsão da lei federal nº 7.656/86, decreto estadual nº 4.571/40 e lei municipal nº 509/99, e que por força de termo de convênio firmado entre o comando da Aeronáutica, em 12/08/2003, foi formalmente investido da condição de administrador, mantenedor, operador e explorador do Aeródromo de Manaus/Flores (SWFN), local em que está localizado. “O Aeroclube não é mero local de lazer, e sim uma entidade que tem como objetivo social o ensino e a prática da aviação civil (formação de pilotos privados, comercial e comissários de bordo), de turismo e desportiva”.
Quanto ao Aeródromo de Manaus/Flores (SWFN), Sinésio lembrou que este pertence ao Ministério da Aeronáutica. Local onde pode pousar e decolar qualquer aeronave, civil ou militar, isenta de taxas. “Portanto é um campo de pouso público que oferece logística no translado de pacientes do interior para a capital, devido a sua localização e praticidade de operação, dando assim, uma relevante contribuição para o atendimento médico à população interiorana, recebendo uma média mensal de 60 vôos de resgate médico e 16 vôos do correio. Também é importante lembrar que as empresas que ali atuam, são responsáveis pela manutenção de 150 empregos diretos e aproximadamente 250 indiretos”.
O líder do governo destacou ainda que desde o início do funcionamento do Aeródromo de Manaus/Flores (SWFN), no ano de 1940, foram registrados apenas um caso de acidente com vítima fatal, registre-se (o próprio piloto sem danos a terceiros) e três acidentes com aeronaves de pequeno porte sem vítimas fatais ou lesões graves.
Audiência pública discute localização do aeroclube
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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