Com o mercado imobiliário aquecendo, a demanda de novos pedidos de registros para exercer a profissão de corretores de imóveis só aumenta. a alta procura pela área, está ligada ao número de lançamentos e comercializações praticadas no Estado. Só no primeiro semestre deste ano, o mercado imobiliário registrou um faturamento de R$ 486 milhões, segundo a Ademi-AM (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário) e o Sinduscon-AM (Sindicato da Indústria da Construção Civil), no primeiro semestre de 2019.
O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Amazonas, Paulo Júnior afirma que a alta procura pela profissão é acentuada na capital e afirma que a atividade está em ascensão.
Este crescimento somente é possível graças à organização e regulamentação da profissão através da Lei Nº 6.530 de 12 de maio de 1978 (com alterações introduzidas pelas Leis nºs 10.795/2003 e 13.097/2015, art. 139), que regulamenta o exercício da profissão do Corretor de Imóveis e disciplina o funcionamento de seus órgãos de fiscalização: o Conselho Federal e os Conselhos Regionais.
“Atuar como corretora de imóveis é não ter rotina, um dia é diferente do outro, cada cliente é um desafio diferente, pois tratamos diretamente com um dos maiores sonhos de todo brasileiro, a compra da casa própria”, declara a corretora de imóveis Roseane Barreto.
Formada em Técnica em Transações imobiliárias e Especialização em Avaliação Mercadológica de Imóveis, ela atua na área há 8 anos. Ela conta que o mercado está retomando depois de uma estagnação, novas ofertas e condições por parte das construtoras e bancos têm feito o mercado movimentar, “então esperamos que seja promissor esse fechamento de 2019, início de 2020”.
Para Roseane, especializar-se como todo profissional precisa, além de estar antenado às mudanças do mercado e se modernizar, .estão entre as dicas para o profissional que queira exercer a atividade. “Além de tratar os clientes com responsabilidade e transparência, principalmente”.
Para ela, o mercado é muito concorrido, mas poucos conseguem se adaptar e permanecer dentro.
Jamilly Teles, 32, corretora há quase cinco anos, observa que hoje o mercado é bastante promissor.. Ela conta que muitos são atraídos pelo retorno financeiro com grande desejo de ganhar um bom salário, porém, acham que é uma área simples de lhe dar. “A área mudou em questão na credibilidade que a sociedade enxerga. Hoje as pessoas visam o corretor de imóvel como um simples vendedor”. E diz, quem não está preparado, não vende.
Sobre os desafios enfrentados no setor ela diz que é conseguir arcar com todas as despesas, pois, um corretor de imóvel nada mais é proprietário da sua empresa e ao mesmo tempo funcionário. A concorrência na profissão está atrelada a facilidade de cursos oferecidos na área.
Segundo os dados do Sistema Cofeci-Creci de agosto de 2019, atuam no país 389,4 mil Corretores de Imóveis e 48,8 mil imobiliárias de forma ativa (excluindo-se dos inscritos os que tiveram sua inscrição cancelada). Além de fiscalizar, o Sistema Cofeci-Creci também é responsável por disciplinar o exercício profissional e representar, em juízo ou fora dele, os legítimos interesses da Categoria , respeitadas as respectivas áreas de competência.
Carreira mapeada
Área de atuação
Entre as áreas de atuação estão Corretagem de Imóveis, Consultoria Imobiliária, Administração de Condomínios e
Construção Civil.
Média salarial
Já o levantamento salarial do Site Nacional de Empregos (Sine) aponta remuneração média de R$ 2.500 a mais de R$ 15 mil, de acordo com o tempo de experiência do corretor e porte da empresa onde trabalha.
Perfil
Ótimo relacionamento interpessoal. Habilidade de negociação e vendas. Boa rede de contatos. Autoconfiança. Resiliência.Perseverança.Paciência.Atualização constante
Onde estudar
Para obter o registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) do seu estado e começar a trabalhar, o corretor precisa ter formação técnica ou superior. São três possibilidades: Técnico em Transação Imobiliária: curso de nível técnico com duração aproximada de um ano. Tecnólogo em Gestão Imobiliária: curso superior do tipo tecnológico com duração aproximada de dois anos. Bacharel em Ciências Imobiliárias: graduação superior do tipo bacharelado com duração média de quatro anos. Universidades reconhecidas pelo MEC.