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Atijolada é uma cor existente no arco-íris dos vinhos finos

“Sigo o meu instinto..mas se der branco…eu bebo”

Cedo ou tarde os apreciadores do nobre fermentado vão ouvir alguém dizendo: “a cor atijolada desse vinho indica que as revelações serão agradáveis!”. Para mim, as cores falam pela qualidade de um bom vinho.

Se prestar atenção verá que o ambiente dentro das garrafas é multicolorido. Todo vinho tem cor própria. Vinho branco, tinto claro, tinto escuro, rosé claro, rosé escuro, alaranjado, amarelo claro, amarelo brilhante, amarelo fosco, amarelo escuro, negra claro, negra púrpura, negra escuro, vermelho claro, vermelho escuro, e azul. Se caprichar na procura, com certeza descobrirá outras cores.

O detalhe encantador sobre as diferentes cores encontradas nos Sucos da Bíblia, é que elas desenham o arco íris do vinho. Agora pasmem! Tudo começa incolor na polpa da uva. Toda uva é branca por dentro. Os componentes químicos pigmentados presentes na casca, os chamados polifenóis são os responsáveis pelo surgimento das cores dos vinhos. O polifenol mais famoso do vinho é o resveratrol.

Interessante é que a quantidade, tonalidade, e intensidade da cor que o vinho pode ter, variam de acordo com três fatores principais: a variedade da uva, o grau de maturidade dela na hora da colheita, e o tempo de maceração do líquido com as cascas durante o processo de vinificação. 

Geralmente os vinhos tintos de guarda que permanecem mais de vinte anos na garrafa tendem a exibir a cor “atijolada”. 

E com os vinhos brancos o que acontece? A sistemática da cor nos vinhos brancos, é muito diferente do que é observado nos tintos. Isso porque na vinificação dos brancos, praticamente não se utilizam as cascas, existe pouco contato entre a polpa extraída das uvas e suas cascas e, assim, a coloração depende de outros fatores. A coloração dos vinhos brancos se torna mais intensa à medida em que eles envelhecem, como resultado dos processos naturais de oxidação e polimerização. Tem uma outra coisa interessante, a passagem dos brancos pela madeira dos barris de carvalho também confere cor, já que o vinho acaba adquirindo tonalidade mais escura, advinda não só do próprio contato com a madeira, mas também da maior oxigenação que o liquido sofre nesse meio. 

Nos vinhos brancos a transparência e o brilho, são dois aspectos importantes. De qualquer forma os brancos também se tornam mais escuros quando envelhecem, passando pelas seguintes fases: amarelo bem clarinho, amarelo palha, dourado e âmbar. Já notou isso?

No caso do vinho rosé, esse já foi classificado como um vinho inacabado, mas a verdade é que ele tem identidade própria. A sua elaboração é a mesma de um tinto, o que muda é o tempo de contato do líquido com as cascas das uvas que, nesse caso, é menor.  

Vale mesmo destacar que os bons rosés devem ser delicados, fragrantes e refrescantes, características que combinam naturalmente com a personalidade feminina. A coloração varia entre rosa, salmão e alaranjado.  

Minha dica – Os polifenóis são compostos orgânicos encontrados principalmente em plantas e frutas, que têm a função de protegê-los contra insetos, radiação ultravioleta e infecções microbianas. Existem mais de 8 mil tipos de polifenóis identificados, sendo que os mais conhecidos e estudados são as catequinas, o resveratrol, a curcumina, as antocianinas e os flavonóides.

Essas substâncias podem ser ingeridas pelos humanos através da alimentação, e são encontradas em alimentos como o vinho tinto, o chá verde, o chocolate amargo ou o açafrão, por exemplo.

Devido às suas propriedades, principalmente antioxidantes e anti-inflamatórias, os polifenóis trazem vários benefícios para a saúde, desde regular o metabolismo e ajudar com o controle do peso, até prevenir doenças crônicas. (Fonte: Wikipédia)

Em miúdos –  Por tudo isso, o vinho é também considerado uma bebida terapêutica.

Foto/Destaque: Divulgação

Humberto Amorim

Enófilo, curioso, insaciável e infiel apreciador
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