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Atacadistas no Amazonas cresceram no faturamento em 2020

O setor atacadista no Amazonas cresceu 25,3%, em 2020, em relação a 2019, alcançando faturamento total de R$ 4.559.652.117. Os números fazem parte do estudo do Ranking ABAD/Nielsen 2021 – ano base 2020, realizado pela ABAD – (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) em parceria com a consultoria Nielsen divulgados, nesta terça-feira (11).  

Mais uma vez, as distribuidoras e atacadistas da região Norte tiveram uma boa participação no levantamento, com crescimento de 12,6% do faturamento.  A pesquisa contou com a participação de 660 empresas. Desse total, oito empresas entrevistadas estão instaladas no Amazonas.

A robustez no setor mostra que entre as empresas que mais faturaram no Amazonas, estão Mercantil Nova Era (R$ 1,73 bilhões),  Dunorte (R$1,25 bilhões); Big Amigão (R$614 milhões); Di Felícia (R$551 milhões).  As varejistas ocupam o Top 8 do estado do Amazonas e das 10 maiores do setor na região Norte. 

Em relação às vendas do setor, o Amazonas aparece com  2,8% do faturamento, em relação aos demais estados do país, no último ano. Segundo dados, no faturamento nacional do atacado de balcão a região Norte corresponde a 39%. Essa modalidade na região Nordeste chega a 33,4% do total, seguido da região Centro-Oeste 13,4% dando sequência às regiões Sudeste  10,6% e Sul 3,5%.

Setor mais confiante

Para 2021, a perspectiva é manter esse crescimento, considerado favorável. Segundo o presidente do Sincadam (Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado do Amazonas), filiadas da ABAD no Amazonas, Enock Luniére, o Amazonas vem seguindo uma tendência de alta positiva se considerarmos uma economia  com restrições em função da pandemia. “Deu pra crescer além da inflação. Em tempo real esse resultado é muito maior que 2,8%. As varejistas no Amazonas  deram uma vantagem ao setor. Os pequenos atacadistas também”. 

Para Luniére, os pequenos também cresceram substancialmente. Em relação às empresas instaladas no Amazonas e essa robustez em faturamento ele reforça que a perspectiva é que continue em crescimento e deve fechar entre 3% a 3,5%. 

“Eu acredito que nos anos anteriores, 2018 e 2019, o resultado era menor. A injeção de recurso do auxílio emergencial ano passado e agora espelhando novamente –  bilhões de reais no Amazonas foi benéfico e direcionado ao consumo de produtos que os atacarejos vendem”. Ainda segundo ele, o setor é dinâmico em função do seu próprio produto, tido como essencial para o consumidor. Ele destaca que  o setor está se desenvolvendo de novas formas, com inaugurações,  em função disso esse crescimento deve continuar esse ano.

Apesar da permanência da pandemia no primeiro semestre, o presidente da ABAD, Leonardo Miguel Severini, prevê para este ano o incremento das vendas, dada a importância do setor para o abastecimento:

“Temos confiança em continuar crescendo, mesmo porque lidamos com alimentos de primeira necessidade. E vamos em busca desse desempenho, melhorando ainda mais a qualidade da entrega, a disponibilidade de produtos e o zeramento da ruptura”.  

Ele também reforça a importância do estudo anual para o setor. “Os números, as análises e tendências trazidas pelo Ranking vão ser primordiais para atingir esse nível de excelência na prestação do serviço, mostrando para o nosso cliente e para o nosso parceiro/fornecedor a força do setor atacadista distribuidor”, diz.

Ao comentar sobre a ocupação da varejista em mais um ranking, o presidente do Grupo Nova Era, Luiz Gastaldi, diz que a dedicação ao negócio é um dos fatores para esse avanço, além disso, tem  buscando sempre as ferramentas para um crescimento contínuo. 

“O que está havendo no mercado é uma concentração na nossa atividade como ocorre em muitas outras e também um aumento nas empresas que passaram a informar seus faturamentos”, afirma. 

Nacional

Para o setor atacadista e distribuidor brasileiro crescimento de 5,2% em 2020, em termos nominais, com faturamento de R$ 287,8 bilhões, a preço de varejo. Em termos reais (número deflacionado), o crescimento foi de 0,7%, o que garantiu ao setor a participação de 51,2% no mercado mercearil nacional, avaliado pela Nielsen em R$ 562,3 bilhões no ano passado. Com pequena redução em relação ao ano anterior, essa participação permanece robusta e abrange mais de 50% do mercado pelo 16º ano consecutivo.

Os números apontam que a amostra formada pelas 660 empresas participantes do estudo faturou R$ 165 bilhões em 2020, representando uma fatia de 49,2% do faturamento total do setor, a preço de varejo. Os respondentes da pesquisa estão assim distribuídos: 136 do Centro-Oeste, 234 do Nordeste, 92 do Norte, 80 do Sudeste e 118 do Sul do País. 

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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