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Arthur e Melo rebatem críticas à Arena

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O governador do Amazonas, José Melo, e o prefeito de Manaus, Arthur Neto, rebateram, ontem as críticas que a imprensa inglesa lançou contra a Arena da Amazônia, em Manaus. Na quinta-feira (5), o jornal britânico The Guardian criticou o estado do gramado onde a seleção da Inglaterra enfrentará a da Itália, no próximo sábado. Para Melo e Arthur, o episódio não passa de sensacionalismo.
De acordo com o governador, embora a gestão da Arena já esteja, há mais de um mês, por conta do COL (Comitê Organizador Local), o gramado foi submetido a vários testes e jogos oficiais, sendo elogiado e aprovado pelo comitê da Fifa diante da qualidade especial da grama utilizada.
“Sinceramente eu não estou entendendo por que de repente vêm críticas. Até agora só teve elogios da própria FIFA, e seus especialistas que aqui estiveram elogiaram o gramado. Grandes jogadores que aqui visitaram também elogiaram o gramado perfeito”, frisou Melo.
O prefeito Arthur Neto salientou que vários testes com clássicos do futebol brasileiro foram travados na Arena sem críticas ao gramado. “Os times de fora preferiram jogar aqui do que nos seus locais de origem”, afirmou.
Para o tabloide britânico The Guardian, o calor, a umidade de Manaus e agora o gramado “seco e careca” poderão prejudicar o desempenho da seleção inglesa na estreia na Copa do Mundo na capital amazonense, marcado para sábado (14), contra a seleção italiana.
“A menos de três dias das equipes se encontrarem na Arena de 173 milhões de libras (R$ 645 milhões), a superfície parece seca e careca em alguns pontos, com linhas amarelas pelo gramado”, segundo texto do tabloide inglês. “As fotos mostram um gramado em estado chocante”, ressalta o periódico.
Além da suposta falta de qualidade da grama, as instalações da Arena da Amazônia também foram motivo de crítica. “Nos vestiários, fios desencapados podem ser vistos pendurados nas paredes. E, segundo fontes locais, os funcionários ainda estão colocando a última camada de asfalto no chão”, diz outro trecho da publicação.
Segundo a matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, dirigentes da FIFA estariam preocupados com o estado dos gramados em sete estádios do mundial: Curitiba, Cuiabá, Natal, Porto Alegre, Brasília, Manaus e Rio de Janeiro.

Legado da Copa
Na avaliação do governador, a vocação do Estado do Amazonas para o turismo, aliado à qualificação dos profissionais do setor de serviços – como hotelaria, gastronomia, artesanato e turismo ecológico –vão dar a visibilidade esperada como o maior legado da Copa para Manaus. “Como Deus colocou aqui a Inglaterra e a Itália na primeira fase da Copa, isso vai permitir que o mundo tenha conhecimento do Amazonas. Um Estado com 98% de sua floresta preservada, com um meio ambiente rico, com um povo que tem compromissos ambientais, cheio de árvores, rios, igarapés, aves. E o mundo todo gosta de contemplar a natureza”, agradeceu.
Melo afirmou que o turismo é uma atividade econômica sempre de fora para dentro e aposta na divulgação do potencial natural da região, despertar novos investimentos. “Normalmente um país não tem recursos suficientes para fazer a infraestrutura turística e eu tenho uma enorme confiança que os jornalistas do mundo todo vão mostrar esse potencial e que possa despertar o interesse de empresários do mundo do turismo”, disse.
Quanto as grandes obras da Copa, apenas o monotrilho não foi realizado. “As outras todas que foram objeto de compromisso do governo do Estado com a Copa, foram cumpridas. O governador está muito contente e o Amazonas também, nós vamos ter uma herança fantástica em relação à segurança pública. Nós não teríamos todo esse aparato e equipamentos modernos se Manaus não sediasse a Copa”, reconheceu Melo.
Questionado sobre as obras do Aeroporto Internacional de Manaus que além de atrasadas, foram danificadas com as fortes chuvas que normalmente assolam a cidade, José Melo lamentou o ocorrido. “Era uma obra que deveria estar pronta. Eu visitei o aeroporto ontem, ele está funcionando não na sua plenitude. Olhando pelo lado bom, mesmo que demore mais 10 ou quinze dias, é uma herança que também ficará para nosso povo”, disse.
O governador aproveitou para criticar o projeto pela falta da segunda pista do aeroporto e pela ausência de conhecimento climático da região que interfere na arquitetura do local. “Acho que a única coisa que faltou e eu não entendi porque não fizeram, foi uma nova pista. Quando tem um acidente nós ficamos ilhados. Acho que quem concebeu a reforma daquele aeroporto, foi num gabinete acarpetado fora do nosso país, porque não levou em consideração o volume das nossas chuvas”, relatou Melo.
Com a primeira grande chuva que caiu em Manaus houve um alagamento geral no aeroporto, que segundo Melo, a concepção arquitetônica não considerou o nível pluviométrico que cai aqui na região Amazônica.
Segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) as melhorias destinadas ao atendimento da demanda prevista para a Copa foram entregues no final de maio e os aeroportos da Rede Infraero estão aptos para receber turistas, delegações e demais passageiros. Todos os aeroportos da Rede Infraero nas cidades-sede da Copa do Mundo têm capacidade superior à demanda.
O Aeroporto de Manaus tem capacidade anual para receber 13,5 milhões de embarques e desembarques. A demanda prevista para 2014 é de 4 milhões de passageiros anuais. A reforma, modernização e ampliação do terminal de passageiros e adequação do sistema viário foram orçadas em R$ 444,46 milhões.
As obras no Aeroporto Internacional foram entregues em etapas e em janeiro deste ano foram liberadas para os usuários as novas salas de embarque e desembarque internacional remoto (sem o auxílio da ponte de embarque); parte das novas áreas do saguão, com embarque e desembarque; e parte do desembarque internacional, incluindo alfândega e imigração.
Também foi entregue a parte do estacionamento de veículos do nível de desembarque, com um total de 400 vagas, que se somam às 685 já entregues no nível de embarque em outubro do ano passado, relatou a Infraero em nota.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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