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Arte com papel torna-se negócio

Criar, produzir e confeccionar com papéis os mais diversos objetos. A papelaria personalizada parece uma coisa simples, um hobby, mas que pode ser transformado num negócio, e um negócio bem lucrativo. Dados do site Ecommerce Brasil, mostram que o faturamento do setor de papelaria cresceu 64% no e-commerce nos seis primeiros dias de janeiro de 2019, quando comparado com o mesmo período do ano de 2018. E a papelaria personalizada faz parte destes dados. Quem garante que o setor é um ótimo investimento é a empresária e publicitária Paula Carolinny, que há seis anos é a proprietária da Linny Papelaria Personalizada, no Lírio do Vale.

“Não tenho do que me arrepender. Mesmo com a pandemia, o setor continuou aquecido, tanto que os cursos que promovo sempre têm interessados, bem como clientes”, disse.

Paula Carolinny há seis anos é a proprietária da Linny Papelaria Personalizada
Foto: Divulgação

Paula lembrou que muitos dos alunos que passaram pelos seus cursos não só aprenderam a trabalhar com a papelaria personalizada, como empreenderam e até abriram lojas, alguns, inclusive, com mais de uma loja.

O portfólio de objetos de papel é grande, e também depende da criatividade de quem os faz. Pode ir de simples cartões e convites, a agendas e cadernos personalizados, lembrancinhas e decorações de festas, miniaturas e caixas a verdadeiras obras de arte confeccionadas com papéis coloridos, colados e cortados artisticamente proporcionando um efeito 3D.  

As caixas personalizadas para embalagens diversas são muito requisitadas
Foto: Divulgação

Na Linny Papelaria Personalizada os carros-chefes são embalagens e lembranças para empresas, mimos, sacolas e caixas, criados pela própria Paula.

“Transformo papéis em todos esses objetos”, falou.

Mulheres de Iranduba

Visando ultrapassar as fronteiras de Manaus, Paula participou do edital do prêmio Feliciano Lana, da Secretaria de Estado da Cultura, através da Lei Aldir Blanc, e foi contemplada com o projeto ‘Mãos que transformam a Amazônia’, no qual ela se propõe a ministrar um curso de quatro dias, de 13 a 16 de maio, em Iranduba.

“Aqui em Manaus, realizo cursos há quatro anos e a maioria das pessoas que busca fazê-los são mães desempregadas, geralmente que acabaram de ter filhos. Elas querem ter um trabalho no qual não precisem sair de casa para poder cuidar dos filhos recém-nascidos”, explicou.

“São pessoas que buscam mais os cursos por necessidade do que por hobby, mas vêm muitas outras que querem aprender como hobby, e aquelas que desejam empreender com esse tipo de trabalho”, acrescentou.

Em Iranduba, o projeto de Paula capacitará 30 mulheres das regiões periféricas da cidade. No curso elas aprenderão o processo de criação, corte e acabamento de embalagens para bombons amazônicos, como balas de cupuaçu. A ideia original era promover o curso em Rio Preto da Eva, mas Paula teve que priorizar quem lhe desse melhores condições de trabalho, e de Iranduba, as mulheres da Aami (Associação de Amparo às Mulheres de Iranduba) atenderam prontamente ao convite, cedendo a sua sede. A Aami existe há 20 anos e tem como principal fundamento a geração de renda para suas associadas através da produção de artesanatos e cursos de capacitação, empoderando-as e tornando-as capazes de tomar decisões dentro de suas famílias.

Segredos para conquistar

Na Linny, além dos cursos, Paula atende às encomendas de empresas. A empresa diz o que quer, ela cria e leva para aprovação. Depois, dependendo do objeto escolhido, ele vai para impressão, corte e acabamento.

“Uma equipe, no próprio ateliê, faz a montagem e o acabamento dos objetos”, esclareceu e deu dicas para quem quiser empreender.    

“Primeiro a pessoa precisa aprender a técnica de trabalhar artesanalmente com papéis. Quando souber, deve oferecer o serviço para os familiares, brindes para festas de aniversário, e outras comemorações. Os familiares vão indicar para os amigos, e os amigos para os amigos, e assim se forma a corrente de prováveis clientes”, revelou.

Inclusive Paula ensina os segredos para, dos clientes físicos, se atingir os jurídicos.

“Produtos e atendimento de qualidade. Quem não gosta desses dois itens? Com as empresas, da mesma forma que com a família, se seus produtos e atendimento agradarem, uma vai indicar para a outra e assim o negócio vai adiante”, afirmou.

Por causa da pandemia, os cursos ministrados por Paula, com vários alunos, estão suspensos, mas ela os está ministrando de forma individual. Em Iranduba, o curso será realizado numa grande sala, e nem todas as 30 mulheres se farão presentes no mesmo dia.

“Quando a pandemia passar, voltaremos aos nossos atendimentos normais, pois interessados não faltam. Sempre recebemos alunos de outras cidades, até de fora do Amazonas. É um trabalho com o qual você se diverte e ganha dinheiro”, finalizou.Outras informações: 9 8440-3265. Redes sociais: Linny Papelaria Personalizada.         

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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