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Arruda nega irregularidades e diz que fica no cargo até o fim

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), disse na segunda-feira que vai ficar no DEM, apesar da ameaça de expulsão do partido. Arruda afirmou que vai “lutar até o fim” para provar que é inocente das acusações de participação em um suposto esquema de pagamento de propina a seus aliados na Câmara Legislativa do DF.
Arruda atribuiu ao ex-governador do DF Joaquim Roriz (PSC) a responsabilidade sobre o esquema de corrupção, de quem disse ter herdado uma “herança maldita”.
Arruda afirmou que o seu governo reduziu o repasse de verbas para as empresas de informática participantes do esquema, o que contrariou “interesses” de Durval Barbosa -que flagrou o governador em conversa na qual supostamente negociaria recursos para serem encaminhados aos seus aliados.
O governador disse que Barbosa -responsável por gravar diálogos e imagens de parlamentares e integrantes do governo do DF recebendo dinheiro- agiu para prejudicar a sua gestão uma vez que houve redução de seu governo no repasse de recursos para as empresas de informática.
“O nosso governo reduziu os gastos de informática em mais de 50% em relação ao governo passado. Em 2006, foram gastos R$ 510 milhões em informática. Este ano, 2009, gastamos R$ 209 milhões, menos da metade”.
“Isto, estou certo, contrariou a muitos interesses, políticos e empresariais, que agora fica claro são ligados ao denunciante”, afirmou
Arruda disse que Barbosa é réu em 32 processos, todos eles relacionados a atos praticados no governo Roriz. Segundo o governador, os recursos “eventualmente” recebidos por integrantes do governo do DF foram destinados a ações sociais em 2004, 2005 e 2006 -e foram legalmente registrados na Justiça Eleitoral.

Recursos foram todos contabilizados

“Os recursos eventualmente recebidos por nós do denunciante para ações sociais nos anos de 2004, 2005 e 2006, entre os quais o que foi exibido pela TV, foram regularmente registrados ou contabilizados, como o foram todos os demais itens da campanha eleitoral”, afirmou.
Segundo Arruda, Barbosa permaneceu no governo uma vez que manifestou o desejo de ficar em sua equipe com o final da gestão de Roriz. “Na montagem da equipe de governo, o denunciante desejou continuar na equipe de informática. Não concordamos com a sua permanência no mesmo posto e o mantivemos no governo em outro setor, meramente burocrático, já que não havia naquela momento nenhuma condenação”, disse.
Apesar de o governador reconhecer que no início de seu governo havia “problemas” com as empresas de informática, houve demissão de servidores e extinção da Codeplan (antiga empresa de informática do governo) que foi dirigida por Barbosa.

Gravações com edições

Arruda disse que as gravações realizadas por Barbosa, entre elas a que aparece recebendo recursos do seu antigo colaborador, houve edição e distorção das imagens. “Quanto ao diálogo gravado no dia 21 de outubro, fica claro que foi conduzido para passar uma versão previamente estudada. A avaliação preliminar dos nossos advogados me alerta que os supostos “defeitos” ou “aquecimento” ou “resfriamento” do aparelho de gravação, tudo isso nos exatos termos que consta dos autos, podem ter truncado e comprometido o teor e o sentido da conversa. Inclusive com a “desconfiguração dos dados armazenados”, afirmou.
O governador disse que seus advogados estão estudando o inquérito da Polícia Federal para decidir o que fazer. “O denunciante [Barbosa] propunha realização de pesquisas, conversas de apoio político. Deixamos claro que não aceitaríamos essas doações, pois só cuidaríamos de campanha no próximo ano. Quando a outras imagens ou informes inseridos no inquérito relativos a doações que ele teria feito a outros políticos, é preciso que haja análise cuidadosa para esclarecer melhor as datas e as responsabilidades”.
José Roberto Arruda disse que vai colaborar com “tudo o que for necessário” para as investigações do MP e STJ.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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