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Arrecadação federal avança em abril e alcança R$ 1,42 bilhão

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A arrecadação federal do Amazonas subiu com mais força em abril. O somatório de tributos e receita previdenciária passou de R$ 1,12 bilhão (2018) para R$ 1,42 bilhão (2019) em relação ao mesmo mês do ano passado, uma diferença de 26,78%. Os números foram extraídos da base de dados disponível no site da Receita Federal.

O incremento percentual do Estado ficou acima da média nacional. Na mesma comparação de períodos, o recolhimento de impostos, contribuições, taxas federais e receita previdenciária em todo o país avançou 6,28%, ao totalizar R$ 130,03 bilhões (2019) contra R$ 130,81 bilhões (2018).

A taxa de abril ultrapassou com folga as de março (+4,48%) e janeiro (+9,02%), mas não chegou perto da marca de fevereiro (+35,75%). Em volume de receita, o resultado ficou abaixo de janeiro (R$ 1,45 bilhão). No acumulado, os cofres da receita recolheram 17,57% a mais, ao passar de R$ 4,78 bilhões (2018) para R$ 5,62 bilhões (2019).

Diferente dos meses anteriores, praticamente todos os tributos fecharam no azul. O desempenho dos impostos e contribuições incidentes sobre rendas foi novamente superior àqueles que têm sua base de cálculos nas vendas.

As maiores altas vieram do ITR (Imposto Territorial Rural) e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), a despeito da baixa representatividade. O primeiro subiu 258,93% e chegou a R$ 84.299, enquanto o segundo pontuou 144,74%, ao atingir R$ 7,64 milhões.

Com maior peso proporcional, a CSLL (Contribuição sobre o Lucro Líquido) se destacou na terceira posição: foram R$ 148,49 milhões, 40,52% a mais do que em abril de 2018 (R$ 105,67 milhões).

No mesmo ritmo, o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) avançou 32,47%, para R$ 202,37 milhões (2019). Já o IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) obteve saldo comparativamente menor (+10,43%), totalizando R$ 47,96 milhões.  

O IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), por sua vez, aumentou 17,18%, saltando para R$ 112,58 milhões (2019). Em volume, a maior contribuição veio dos rendimentos do trabalho (R$ 84,74 milhões), seguida pelas remessas ao exterior (R$ 16,82 milhões). Embora minoritários, os rendimentos do capital apresentaram a maior expansão percentual (+85,27%).

A única queda veio da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre combustíveis, seguindo a tendência dos meses anteriores. Impactado pelo tabelamento do diesel, o volume caiu 64,11%, para R$ 2,06 milhões.

Vendas desaquecidas

Embora todos os tributos que incidem sobre as vendas tenham registrado crescimento, o percentual foi menor, neste mês, para o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o II (Imposto de Importação), que compõem a base de incentivos da Zona Franca de Manaus.

No IPI, a elevação não passou de 3,05%, bem abaixo da marca do mês anterior (+54,07%). As receitas subiram para R$ 11,47 milhões (2019), graças aos bons resultados de automóveis (+50,65%) e componentes importados para o PIM (+22,55%). O IPI sobre bebidas seguiu na direção contrária e caiu 11,23%.

Os valores recolhidos com II foram 2,85% superiores aos de abril de 2018 (R$ 56,82 milhões) e atingiram a cifra de R$ 58,44 milhões no mesmo mês deste ano. No levantamento anterior da Receita Federal, a expansão foi de 15,51%.

Já o PIS (Programa de Integração Social) e Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), assim como a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), subiram com mais força neste mês.

O melhor resultado veio do PIS/Pasep (+39,67%), elevando o resultado para R$ 102,27 milhões (2019). Responsável pela maior parte do bolo arrecadatório, a Cofins (+34,08%) acumulou R$ 362,40 milhões. Em março, os acréscimos foram de 10,38% e 14,32%, respectivamente.

Exportação de renda

O economista, consultor empresarial e professor universitário, Francisco de Assis Mourão, diz que os números se devem, em grande parte, à Zona Franca ter tornado Manaus um corredor de exportação de renda, onde sai mais dinheiro – para Brasília – do que entra – faturamento, transferências do governo federal.

“Outra coisa que arrisco concluir, baseado nos números mais fracos do Imposto de Importação, é que muitos insumos devem estar entrando sem incentivos da ZFM e que o setor de informática, que importa muitos componentes, está diminuindo. Vale notar também que mais faturamento nem sempre significa mais produção”, arrematou.

 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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