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Arrecadação deve crescer 10% no ano

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A Arrecadação do Governo do Estado do Amazonas soma R$ 8,3 bilhões do dia 1º de janeiro ao dia 19 de junho, segundo dados da Sefaz-AM (Secretaria da Fazenda do Estado do Amazonas). Especialistas alertam para um crescimento de 10% em relação ao fim do ano passado, que atingiu R$ 15,57 bilhões. Para este ano, a expectativa é de chegar a R$ 18 bilhões arrecadados.

A forte recuperação da produção industrial, e a leve recuperação da economia é um dos grandes responsáveis pelo crescimento da receita, afirmam economistas. Os números mostram que há uma previsão de R$ 2,4 bilhões a mais para 2018 em comparação a 2017.

Segundo o economista Ailson Rezende, baseado na estimativa estabelecida pela Sefaz-AM para para este ano, os valores gerados nos primeiros 6 meses são bastante positivos, tudo em razão do aumento das vendas das empresas do PIM (Polo Industrial de Manaus) com o recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias).

“Segundo o portal de transparência da Sefaz, a receita do Amazonas estimada para 2018 era de R$15,33 bilhões, e só nos primeiros 5 meses foram arrecadados R$8,32 bilhões. Isso demonstra que até o final do ano será atingido a faixa entre R$ 17,8 e R$ 18 bilhões, ultrapassando o valor total do ano passado. Tudo isso em razão do aumento das vendas do PIM que refletem na arrecadação de impostos. E o ICMS representa quase 90% da arrecadação do Estado do Amazonas”, disse.

Para o economista Emerson Queiroz, a forte recuperação da produção industrial contribuiu para o grande incremento da arrecadação do Estado até metade de junho, principalmente devido a copa do mundo que impulsionou as empresas a antecipar a fabricação de televisores. “A antecipação da produção de TV, celular e tablets, requer aumento da compra de insumos estrangeiros, que são insumos importados. Com o câmbio valorizado no caso a alta do dólar, a arrecadação do ICMS sobre estes insumos aumenta sensivelmente, com isso o Estado arrecada mais”, explicou.

Entretanto, Queiroz reforçou, que a produção de eletroeletrônicos, em especial televisores, no período das festas de fim de ano, não terá o mesmo volume dos anos ditos normais, sem o evento como Copa do Mundo. “A produção de TV celular e tablets para o Natal deve ser reduzida em função das vendas anormais para Copa do Mundo. A produtividade foi repassado tudo para este período de copa”, disse.
O líder do PSB, Serafim Côrrea disse que o Amazonas tem o menor índice de comprometimento com dívidas em relação a outros Estados e que a subida do dólar beneficia a arrecadação. “A alta na arrecadação está permitindo ao Governo fazer patrocínios fantásticos, como ele tem feito. Quanto ao dólar – porque a maior parte do ICMS está sobre insumos importados -, quando ele sobe, aumenta a arrecadação e aumenta num percentual muito maior do que as dívidas do Estado. As dívidas existem, mas elas estão parceladas em 25 anos e, portanto, as parcelas mensais, que não podem deixar de ser pagas, cabem perfeitamente no orçamento do Estado. Importante registrar que o Amazonas é um dos Estados com o menor índice de comprometimento quanto ao endividamento”, disse.

Segundo análise do economista, Luiz Roberto Coelho, o dinamismo da indústria também ajuda a movimentar outros setores que contribuem para a arrecadação do Estado. “A indústria ajuda a mover os setores que vão arrecadar para o Estado. Ao comprar os segmentos recolhem imposto para o Estado. A recuperação da economia dos últimos anos tem ajudado outros setores que ficam atrás da indústria e cria um impulso coletivo”, disse.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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