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Aromas naturais no mercado amazonense

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Microempresa planeja maior alcance baseada na sustentabilidade e apelo ecológico

Trabalhando com dois mercados emergentes e expressivos, o de biocosméticos e vendas porta a porta, a Aroma – Produtos Naturais da Amazônia, microempresa amazonense com três anos de atuação, busca a excelência aliando inovação e tradição. A linha exclusiva de cosméticos de composição vegetal, utilizando manteigas, óleos e extratos regionais da flora amazônica, se apoia na sustentabilidade, responsabilidade social e ao apelo ecológico para ter destaque no mercado local e sonha com novos ares.
Os primeiros passos foram dados a três anos quando, ainda de maneira artesanal, alguns produtos começaram a ser pensados e fabricados. Do laboratório caseiro, onde funcionou por um ano e meio, a microempresa passou pela seleção da FIT (Fucapi Incubadora de Tecnologia) e em 18 meses de incubação, comemora os ótimos resultados, conta o proprietário e gerente comercial da marca Genilson Rocha.
“A fase inicial de testes, experimentos e pequenas vendas nos garantiu a experiência mínima para tentarmos a incubação na FIT. Agora estamos a meio caminho da graduação, que leva três anos, mas talvez fiquemos mais um pouco para estarmos maduros o suficiente para adentrarmos o mercado nacional”, resume Rocha.
A estadia na incubadora só gerou lucros para a micro. Para obedecer todas as exigências que a indústria de biocosméticos requere, o caminho seria muito mais difícil, explica Rocha. “Além do espaço físico, muito mais barato, com internet e energia elétrica, temos ainda laboratórios, coleta de resíduos, depósitos e até mesmo aparo jurídico da Fucapi. Não conseguiríamos sozinhos”, afirma.
Após a graduação na incubadora, o próximo passo segundo Rocha, é partir para a abertura de uma mini-indústria seguindo as padronizações para tal. “Após isso, podemos pensar em algo maior, com o mesmo porte de outras empresas do PIM (Polo Industrial de Manaus)”, disse Rocha.
Sustentabilidade
O apelo que a região amazônica causa no mercado nacional e mundial, ganha o reforço de práticas sustentáveis, como o uso de materiais artesanais nas embalagens e de matéria- prima regional nos produtos. “Somente os insumos químicos são comprados em outras regiões. Cerca de 70% da matéria-prima como óleos, extratos e outros são de origem amazônica, adquiridos com as cooperativas e comunidades ribeirinhas”, fecha.
As embalagens são atrativos a parte, aproveitando sementes, cascas, palha e ouriços, a Aroma gera emprego e renda aos catadores e plantadores do interior. “Um caso interessante é o de uma senhora de Parintins (AM) que nos fornece ouriços de castanha para embalagens. Um dia ela nos procurou para ser uma revendedora de nossos produtos, foi surpreendente. Essa é umas das coisas que nos faz continuar apostando nesse modelo de negócio’, comenta Rocha.
Ainda com viés ecológico, a Aroma compra de volta as embalagens de vidro para reenvasar alguns produtos, reduzindo custos e resíduos. “Com isso uma embalagem de vidro pode ser reutilizada de 10 a 15 vezes, contribuindo para o meio ambiente”, conta o microempresário.
Gerando renda
Com os negócios focados nas vendas porta a porta, a Aroma oferece às revendedoras uma margem de lucro maior que as concorrentes locais e até mesmo que as gigantes nacionais. A microempresa tem um menu de 70 produtos com grande demanda no mercado. “Os lucros vão de 100 a 150% para nossas consultoras. O investimento inicial é pequeno e o retorno rápido e garantido, contando com o apelo verde dos produtos amazônicos”, resume.
O foco atual de suas revendas ainda é o interior do Estado e localidades no Pará e Roraima. “Valorizamos o que é nosso e assim acontece com todos os envolvidos. A mesma pessoa que nos fornece matéria-prima, também pode comercializar o produto final. Ainda não havia se visto isso no Estado. Temos planos para irmos além, atingir outras regiões, mas isso fica para depois, quem sabe daqui a cinco anos, quando estivermos maduros. A hora é de investir no Amazonas,” conclui.

Artur Mamede
[email protected]

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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