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‘Arapuca’, websérie produzida no Amazonas, estreia no próximo dia 7

As webséries caíram no gosto popular. Com produção de poucos recursos e nada de astros com supersalários, as webséries começam a ser realizadas também por produtores locais, como ‘Arapuca’, do diretor Wagner Santinny, que tem previsão de estreia para o próximo dia 7, num canal no YouTube, e é o primeiro de onze episódios.

A história se passa em um colégio particular onde dois grupos rivais protagonizam várias cenas de disputa e muita discórdia. Um dos grupos programa um tour de fim de ano pelo Amazonas, mas se vêem envolvidos em um assassinato, cercado de mistérios, logo na noite do baile de formatura.

‘Arapuca’ foi filmado durante sete meses e está em processo de finalização de algumas cenas, com algumas tendo sido gravadas na Ponta Negra e outros locais externos, além de quatro cenários fixos, como o colégio fictício COR, onde tudo começa.

“Gravamos em um sítio na BR 174. Ficamos um final de semana acampados no sítio para poder rodar as cenas. A Maloca, montada no Uatê Espaço Cultural, que é onde os protagonistas se encontram, demandou dois finais de semana; o colégio, um mês e meio; a balada, dois finais de semana, tudo com gravações diárias, bem intensas”, revelou Wagner.

“Ficamos um final de semana acampados no sítio para poder rodar as cenas” – Foto: Divulgação

A websérie tem em seu elenco principal os atores Sarah Margarido, Cris Jardim, Samarone Kelwen, Junior Scarter, Enderson Zanha, Emilly Cerdeira, Larissa Baraúna e algumas participações especiais como da jornalista e atriz Alessandra Vieira, e Marcos Santtiny, que também é o roteirista da websérie.

Os próximos episódios serão gravados no colégio fictício COR, cenografado no pólo São José, da Uninorte. 

Experiência de dez anos

‘Arapuca’ é mais uma produção criada por Wagner Santinny, que já tem em seu currículo mais cinco trabalhos, fora participações em produções de outros diretores, acumulando várias premiações, como o melhor roteiro do Um Amazonas 2011, com o filme ‘A verdade nua e crua’, que acabou sendo escolhido como o melhor filme do Amazonas Film Festival, em 2013 (júri popular). Também classificou o filme ‘A Garota do Lago’, na Mostra Manaus Filme de Horror Fantástico, em 2019.

“A maior dificuldade para a produção desses trabalhos, sem dúvida é a financeira, pois precisamos bancar a logística e a alimentação do elenco e produção. Realmente é uma atuação de guerrilha”, comentou.

“A maior dificuldade para a produção desses trabalhos, sem dúvida é a financeira” – Foto: Divulgação

Diante das inviáveis possibilidades de execução do roteiro, conflitos de horários, logística e poucos recursos, Wagner disse que tem buscado apoio com empresas e traçado metas no intuito de superar obstáculos.

O diretor, roteirista e ator explicou que a ideia para ‘Arapuca’ surgiu do seguinte provérbio: “nunca arme uma arapuca enquanto o pássaro estiver olhando”. Se depender de Santinny, a segunda temporada da websérie começa a ser gravada um mês depois de lançada a primeira.

“Um mês é o tempo suficiente para compactar a websérie e depois lançá-la como filme. Um longa metragem. Essa é minha meta”, avisou.

O primeiro episódio de ‘Arapuca’ estará disponível no canal de Wagner Santinny, no YouTube, onde ele tem publicado todas as suas produções, porém, agora com a websérie, essas publicações estarão bloqueadas temporariamente, pois o canal ficará exclusivo para ‘Arapuca’. Quem quiser acompanhar os trabalhos da produção, pode acessar o Instagram @arapucaweb.

“Ainda não ofereci a produção para nenhum canal de TV, mas se algum deles se interessar, estamos abertos a conversar”, disse.

Falta de patrocinadores

Ao final dos onze episódios, Wagner pretende compactá-los e montar um filme para inscrever em festivais de cinema.

“Já trabalho com curtas há certo tempo, mas tenho observado que essas produções não têm a mesma visibilidade de uma websérie, nas quais o espectador pode opinar e  acompanhar o crescimento dos personagens”, concluiu.

Sobre a falta de patrocinadores para o cinema local, que está em franca expansão, Wagner lembrou que um empresário que fizer esse tipo de investimento ganhará notoriedade, reconhecimento e admiração de uma classe artística pouco favorecida.

“A websérie, por exemplo, é uma vitrine para patrocinadores que queiram divulgar sua marca, sua empresa e até mesmo vender de forma direta seu produto. Me sinto privilegiado por contar com apoiadores que cedem espaço e somam com esse projeto”, afirmou.

O cineasta concorda que o cinema local tem evoluído bastante nos últimos anos, acompanhando a evolução tecnológica que facilita o acesso a equipamentos sofisticados e com preços acessíveis. Com isso, vários grupos estão produzindo filmes de alta qualidade e, inclusive, sendo premiados em festivais pelo país.

“Precisamos, e muito, do apoio de patrocinadores, pois sem dinheiro fica totalmente inviável produzir. Fazemos por amor, mas tudo tem um custo. As produções locais têm sido de muita qualidade, sem deixar a desejar a qualquer produção de curtas e médias produzidas no restante do Brasil”, finalizou.

Wagner, “as produções locais têm sido de muita qualidade” – Foto: Divulgação

Não perca a estréia de ‘Arapuca’ pelo https://www.youtube.com/channel/UC-85vX92YVM42tJvlZfII9A

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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