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Apurinãs dizem que vão cobrar pedágio

Índios pertencentes à etinia apurinã, distribuídos ao longo da BR-317, rodovia que liga o município de Boca do Acre à cidade de Rio Branco, pretendem iniciar em junho a cobraça de pedágio que pode contabilizar à comunidade algo em torno de R$ 168.000,00 por mês.
O assunto foi discutido na última sexta-feira (26), na Câmara Municipal de Boca do Acre, em audiência pública convocada para tratar da paralisação das obras da rodovia. O audiência contou com a presença do deputado Francisco Souza.
De acordo com o projeto, os apurinãs reivindicam a concessão para fins de pedágio nos trechos compreendidos entre os quilômetros 45 e 124.
Conforme declararam, a cobrança é uma forma de atenuar os impactos socio-ambientais gerados nas terras indígenas Kamicuã e Apurinã, pelo grande movimento de veículos pesados.
O documento enfatiza que o pedágio é “uma forma de compensação pelos prejuízos ou escassez que por ventura esse povo venha a sofrer”.

Compromissos

Os Apurinãs assumem o compromisso de contratar uma empresa para dá manutenção nos trechos compreendidos entre os quilômetros 45 e 124.
Com a arrecadação de $ 168.000,00 por mês, os apurinãs pretendem construir um postos de saúde em cada uma das reservas, com profissionais da área da Saúde, compra de caminhão para o escoamento da produção, e tratores para abertura de ramais.
Além desses benefícios, eles pensam, também, investir em piscicultura, água encanada, perfuração de poços artesianos, compra de um ônibus, entre outros.
Desde que consigam pôr em prática o projeto, é pretensão dos apurinãs criar um fundo de reserva que será mantido com 50% de toda a arrecadação.
A BR-317 teve seu início em 1956, como um caminho de escoamento da madeira utilizada nos seringais. A primeira obra de construção e pavimentação da rodovia iniciou no ano de 2002, porém foi paralisada por falta de recursos financeiros, concluiu-se, até então, apenas os serviços preliminares.
As obras foram reiniciadas no ano de 2008, no trecho entre a cidade de Boca do Acre e Rio Branco que perfaz o total de 110,7 km, através de estudo técnico de viabilidade de implantação da rodovia e posteriormente no ano 2011, incluído no Plano de Aceleração do Desenvolvimento (PAC 2).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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