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Aprovação cai 8 pontos percentuais

A avaliação do governo e a maneira como a presidente Dilma Rousseff administra o país registraram queda na aprovação, segundo a pesquisa CNI-Ibope, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O percentual dos que consideram o atual governo como ótimo ou bom caiu de 63%, na pesquisa de março, para 55%. O percentual de pessoas que consideram o governo regular subiu de 29% para 32%, e os que o consideram ruim ou péssimo subiu de 7% para 13%.
De acordo com a pesquisa, a aprovação da maneira como a presidente governa o país também registrou queda, passando de 79% para 71%. Para 25% do público pesquisado, a maneira como ela governa é razoável. Em março, eram 17%.
Caiu também a expectativa em relação ao restante do governo, passando dos 65% para 55%. Recuou ainda o percentual da população que confia na presidente: caiu de 75% para 67%. Ainda segundo a pesquisa, seis das nove áreas de atuação do governo foram desaprovadas pela maioria da população: segurança pública (67%), saúde (66%), impostos (64%), combate à inflação (57%), taxa de juros (54%), e educação (51%).
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre os dias 8 e 11 de junho, data posterior à primeira manifestação, ocorrida em São Paulo, porém anterior ao período em que elas ganharam força, a partir do dia 13. A manifestação do dia 6 não está entre as notícias mais lembradas pela população, de acordo com o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. Os assuntos mais lembrados foram o boato sobre o fim do Bolsa Família (15%), as obras da copa (10%), a redução na conta de luz (8%) e a alta da inflação (7%). A margem de erro da pesquisa é 2 pontos percentuais para mais.

Agenda cancelada

A Secretaria de Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff (PT), responsável pelas costuras políticas da Presidência, cancelou dois atos com prefeitos do Estado de São Paulo nesta semana. A titular da pasta é a ministra Ideli Salvatti.
A decisão foi comunicada a aliados do PT no Congresso hoje, dois dias após milhares de pessoas participarem de manifestações em diversas cidades do país e em suas principais capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
A divulgação dos eventos com os prefeitos começou no início deste mês. As agendas fazem parte de uma série de “encontros com novos prefeitos e prefeitas” promovidos pelo governo da petista neste ano.
Foram cancelados os atos de amanhã, em Araçatuba (interior de São Paulo), e na capital paulista, marcado para sexta-feira.
Procurada pela reportagem, a assessoria de Ideli disse que “independente de protestos, não havia corpo técnico [para organizar os atos] devido a uma agenda da presidente Dilma na Bahia”.
Amanhã, a petista deve anunciar um pacote de medidas de combate à seca no semiárido nordestino, com 1.400 prefeitos da região.
Alguns dos ministros que participariam do evento em São Paulo, segundo a assessoria de Ideli, devem ir à Bahia com Dilma. O ministro Alexandre Padilha (Saúde), cotado para disputar o governo de São Paulo em 2014, foi a estrela do evento anterior no Estado, em Ribeirão Preto.

Descartada relação entre queda e protestos

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou hoje que não há relação entre a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff e os protestos que começaram em São Paulo e espalharam-se pelo Brasil.
“Não vejo relação nenhuma de causa e efeito entre um governo bem avaliado e as manifestações. [Devemos] ouvir e refletir sobre aquilo que acontece e tem ocorrido pelo país”, afirmou. “A situação da pesquisa é episódica, decorrente de situações pontuais e conjunturais. O índice de aprovação do governo continua muito alto”.
Pesquisa Datafolha, realizada nos dias 5 e 6 deste mês, apontou uma queda de oito pontos percentuais na aprovação do governo Dilma, na comparação com pesquisa de março.
Uma nova pesquisa de opinião pública divulgada hoje reforça a tendência de queda, com uma queda de oito pontos percentuais num intervalo de três meses. Esse levantamento foi feito pelo Ibope, por encomenda da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A queda nas pesquisas, a pouco mais de um ano das eleições, tem preocupado o Palácio do Planalto e acontece no mesmo momento em que protestos ganham força pelo país.

Violência

Cardozo comentou a escalada de violência que aconteceu em alguns protestos -seja por pequenos grupos de manifestantes ou por parte da polícia.
“Sempre fui e sempre serei contra abuso de direito parta de onde partir. Não tenho papel corregedor, mas sempre que existir situações [assim] vou me manifestar”, afirmou o ministro.
Cardozo defendeu a investigação de possíveis abusos de policiais. “Acho que os Estados obviamente devem acompanhar essa situação. Defendo o princípio da proporcionalidade: nunca usar meios mais que os necessários, que é premissa do estado de direito”, disse.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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