Menos de um ano após o lançamento do iPad, da Apple, o mercado de aplicativos para tablets já movimenta R$ 50 milhões no Brasil.
De acordo com o que a reportagem apurou, o número abrange tanto os aplicativos colocados na loja do Android (do Google) e da Apple (App Store) – como os softwares para conta corrente oferecidos por um bancos, por exemplo- quanto programas encomendados por empresas para uso interno.
Entre os aplicativos para uso corporativo, estão software para automação de vendas.
De acordo com desenvolvedores locais, companhias já chegam a gastar R$ 3 mi‑ lhões em um só projeto.
“O mercado de aplicativos para tablets avançou muito mais rápido do que para smartphones. Quando os tablets chegaram, as empresas já sabiam o que eram os aplicativos. Da mesma forma, a tecnologia já permitia maior interatividade, principalmente com acesso à internet 3G’’, afirma Alex Pinheiro, da Hands Mobile.
A desenvolvedora paulista Fingertips, que nasceu com base nos aplicativos para iPhone, passou a ter seus negócios fincados nos tablets, principalmente em aplicativos para publicação de jornais e revistas.
“Até o meio do ano passado, 25% dos projetos eram destinados ao iPad. Esse número mais do que duplicou atualmente’’, afirma Breno Masi, diretor de marketing da Fingertips.
Ipad X Kindle
O lançamento do “Daily’’ atende, de acordo com a opinião de analistas, a demanda dos consumidores que buscavam interatividade nos jornais on-line, mas não a encontraram nos leitores digitais como o Kindle, da Amazon.
Isso significa que, se mais publicações aderirem ao modelo dedicado aos tablets, o espaço que os leitores digitais ocupam hoje poderá recuar nos próximos anos.
A principal razão é o desejo de consumo de conteúdo multimídia adicional aos textos -como vídeo e reportagens em áudio, possível nos tablets, mas não em aparelhos como Kindle, da Amazon, Sony Reader, da Sony, e o Nook, da rede de livrarias Barnes & Noble.
