Está em discussão na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a Consulta Pública 69, que prevê que os estabelecimentos farmacêuticos vendam apenas e tão somente medicamentos. De acordo com Carlos Gouvêa, presidente da Abiad (Associação Brasileira de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres) “caso a resolução da Anvisa entre em vigor, o maior prejudicado será o consumidor final.”
Ele explicou que, ao contrário dos supermercados, as farmácias estão mais adequadas a comercializarem estes produtos. “Nestes estabelecimentos, há sempre um farmacêutico responsável que pode orientar e esclarecer eventuais dúvidas do consumidor final com relação às prescrições médicas e de nutricionistas.”
Gouvêa afirmou também, que a venda destes produtos está escorada na legislação. “A Lei 5.991/93 e a Resolução 173/2003 da Anvisa, habilitam a farmácia para as vendas destes tipos de alimentos”, enfatizou.
“Além do mais”, continua o dirigente, “produtos especializados com baixa escala de produção – inclusive alimentos para fins especiais – não encontram espaço nas grandes redes de supermercado. Caso fiquem proibidos de serem comercializados em drogarias e farmácias, muitos fabricantes fecharão suas empresas, sem alternativas no curto prazo para distribuição”, avaliou.