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Android gera receitas equivalentes a 2% do PIB brasileiro em 2019

Android gera receitas equivalentes a 2% do PIB brasileiro em 2019

Um levantamento feito pela consultoria Bain & Company apontou que o Android gerou receitas estimadas em R$ 136 bilhões ao mercado brasileiro. Isso aconteceu a partir de empresas diretamente envolvidas no ecossistema do sistema operacional móvel do Google, associadas às indústrias de hardware, software e conectividade. O valor representa cerca de 2% do PIB brasileiro em 2019.

O estudo, inédito no Brasil, aponta também que 630 mil empregos estão nesta cadeia de valor direta da plataforma Android, o que equivale a, aproximadamente, 35% dos trabalhadores na indústria de tecnologia e telecomunicações. O Brasil está entre os cinco maiores mercados do Android no mundo, com mais de 90% dos brasileiros usuários de smartphone utilizando dispositivos com o sistema operacional do Google.

Sistema aberto + smartphones baratos = maior acesso a internet para população

O documento da Bain & Company aponta que o fato do Android oferecer dinamismo, acessibilidade e ser de código aberto permitiu que a maior acesso da população brasileira a internet. Isso porque esses três fatores permitem às fabricantes de smartphones lançarem uma ampla gama de aparelhos, com capacidade, funcionalidade e faixas de preços diferentes, que cabem em todos os bolsos.

Neste contexto, a diminuição dos preços dos dispositivos foi fundamental para essa democratização do acesso dos brasileiros a internet. A pesquisa da Bain & Company aponta que, hoje, 80% das pessoas das classes D e E pagam menos de R$1.000 por um smartphone no Brasil. Nos últimos 5 anos, 24 milhões de brasileiros foram introduzidos à internet por meio de um dispositivo Android.

Além disso, o smartphone tornou-se a principal forma de entrada para a web: hoje, 97% dos usuários de internet no Brasil acessam a internet por meio de um smartphone, e 51% acessa exclusivamente dessa forma. Nove em cada 10 usuários utilizam o aparelho todos os dias.

Novos cenários de trabalho

O aumento exponencial no número de smartphones no Brasil – desde 2002 o número de fabricantes saltou para 13, que vendem 50 milhões de dispositivos por ano (o equivalente a 3% do total mundial e 56% do total da América do Sul) – ajudou a mudar ainda o cenário trabalhista no setor de Tecnologia no país. O Android contribuiu para a criação de um ecossistema de desenvolvedores e empresas de software, o que abriu novas profissões e formas de trabalho.

Segundo a pesquisa da Bain & Company, ganharam força dois tipos de trabalho: a dos envolvidos no desenvolvimento de aplicativos e a gig economy, composta por trabalhadores temporários, autônomos e freelancers. O fenômeno é tão recente que, atualmente, cerca de 75% dos trabalhadores da carreira de desenvolvedores estão há menos de 5 anos trabalhando no setor.

Entre outros dados sobre o impacto do sistema operacional do Google no mercado da programação, o estudo da Bain & Company aponta que, hoje, 80% dos desenvolvedores trabalham com Android; além disso, pelo menos 78% dos desenvolvedores iniciaram sua jornada profissional com a plataforma.

Além disso, o documento afirma que 73% dos profissionais consideram o Android como a plataforma principal de programação. E para 83% deles, o ecossistema altamente colaborativo entre os integrantes do sistema operacional é o principal motivo para a escolha do mesmo.

Impacto salarial

A procura por desenvolvedores qualificados é crescente e a transição entre empresas é frequente. Cerca de 35% dos desenvolvedores com até dois anos de experiência já mudou de empresa e, para desenvolvedores com até cinco anos de experiência, esse número chega a 50%.

Segundo os próprios desenvolvedores, o mercado é atrativo por questões financeiras e qualitativas. Vê-se que, financeiramente, espera-se um salário bruto mensal médio aproximado de R$ 2.750 no primeiro ano de trabalho, podendo evoluir até uma média aproximada de R$ 4.750 no quinto ano. Entre profissionais com mais de dez anos de experiência, a remuneração média aproximada é de R$ 11.750 e 30% possui remuneração média mensal entre R$ 10.000 e R$ 20.000 enquanto 25% atinge remuneração maior do que R$ 20.000.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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