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Anderson Adauto nega corrupção no processo

O ex-ministro Anderson Adauto (PMDB), 50, negou, ao ser interrogado no processo penal do “mensalão”, que tenha cometido corrupção ativa e lavagem de dinheiro no episódio -as acusações a que responde no caso.

O atual prefeito de Uberaba (MG) e titular dos Transportes de janeiro de 2003 a março de 2004, incluído pelo procurador-geral da República entre os 40 integrantes da “sofisticada organização criminosa” que teria executado o suposto esquema de compra de apoio político pelo PT, manteve a versão de que incorreu apenas em crime eleitoral no episódio.

Ele confirmou ter recebido -após ter pedido ajuda no começo de 2003 ao então tesoureiro petista, Delúbio Soares- R$ 410 mil do empresário Marcos Valério. O dinheiro, segundo ele, serviu para pagar dívidas de campanha de 2002, quando disputou -e conquistou- uma vaga pelo PL (atual PR) na Câmara dos Deputados. O empresário Marcos Valério sustenta ter repassado R$ 1 milhão a Adauto.

Questionado pelo juiz Alexandre Buck, da 4ª Vara Federal em Belo Horizonte, se não desconfiara da origem ilícita do dinheiro.

Adauto disse que Delúbio havia lhe informado que estava tentando obter empréstimos no mercado. Afirmou também ter imaginado que os recursos poderiam ter vindo de contribuições de filiados do PT. “Delúbio disse que ia pegar emprestado, no banco, não tinha como desconfiar”.

O ex-ministro de Lula -que já admitiu ter usado caixa dois em todas as eleições que disputou- também negou ontem ter intermediado um “acerto criminoso”, como narra a de-núncia do caso, com os ex-deputados federais Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Romeu Queiroz (PTB-MG).

A acusação diz que Adauto intermediou o contato de Queiroz com o PT “quando este necessitou restabelecer o esquema de repasse de dinheiro do PT ao PTB após o falecimento de presidente nacional do PTB morto em outubro de 2003, José Carlos Martinez”. Adauto apenas aconselhou Queiroz por amizade e consideração ao seu cargo de presidente da Comissão de Transportes da Câmara, a procurar Delúbio. “Minha participação morre nesse episódio”.

Outros réus

A primeira pessoa a ser interrogada ontem em Belo Horizonte foi a Geiza Dias, 36, ex-funcionária do setor financeiro da agência SMPB, de Valério.

Nervosa, ela chorou por duas vezes -ao se negar a dizer onde trabalha hoje e ao falar sobre seu patrimônio.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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