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Ampliar mercado é saída para driblar crise

Na tentativa de reverter a crise por que passa o setor, os termoplásticos locais mostraram-se determinados a ampliar o leque de negócios para regiões circunvizinhas do Amazonas, incluindo a Colômbia, Peru e Venezuela. O projeto de expansão do mercado, lançado na tarde de ontem, pelo Simplast (Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Manaus), será conduzido pelo Sebrae-AM com o apoio de órgãos da iniciativa pública e privada.
As empresas do setor prevêem que a expansão para outros mercados ampliará em pelo menos 20% o volume de negócio atuais, fortemente impactado pela tendência das indústrias do setor de eletroeletrônicos a substituir os aparelhos de TV convencional pelos modelos do tipo LCD (tela de cristal líquido) ou plasma.
O presidente do Simplast, Ulisses Tapajós, disse que o fraco desempenho do setor nos últimos meses levou as empresas de termoplastia a optarem pela formação de novas praças a partir de uma comitiva empresarial capitaneada pelo Sebrae-AM (Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas do Amazonas) que visitará algumas capitais das regiões Norte e Centro-Oeste. “O lançamento do projeto de adensamento da cadeia será o primeiro passo antes dessa série de visitas que faremos em outras regiões. O principal objetivo é recuperar 50% do mercado através de rodadas de negócios com indústrias locais, regionais e estrangeiras”, ressaltou.
Segundo Tapajós, a crise no setor produtivo fez a termoplastia amargar sucessivas quedas nos negócios com as empresas do PIM (Pólo Industrial de Manaus), retrações que chegaram a 35% do volume total no processo fabril do ano passado.
O dirigente, entretanto, esclareceu que o atual panorama é resultado de uma série de fatores que estimularam o aumento das importações de peças plásticas chinesas sob a forma de produtos acabados.
“As importações desenfreadas tiveram participação direta na queda das vendas de condicionadores de ar split, DVD, fornos microondas e toda a linha de áudio, cujos componentes plásticos, pelo fato de não terem sido produzidos no PIM, vem eliminando postos de trabalho e colaborando gradualmente para transferências de linhas de produção para São Paulo, como fez a Samsung e a Envision”, asseverou o dirigente.
O gerente administrativo da Envision, Wilson Koji, defendeu a troca de região, explicando que a sobretaxação em 18% no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) de todos os monitores não produzidos em São Paulo foi uma das principais razões da escolha, já que a sobretaxa vinha tirando a competitividade do produto feito em Manaus. “Ainda assim, optamos por manter 50% da produção da fábrica em Manaus, brindando a região com toda a linha de televisores e monitores de LCD”, assegurou o empresário, segundo o qual a Envision tem a expectativa de produzir, até o próximo ano, 3 milhões de monitores e 500 mil TVs de LCD.

Indicadores industriais apontam faturamento de 18%

Apesar das declarações do titular da Simplast tenderem para uma suposta crise no setor, os números oficiais no primeiro trimestre divulgados nos indicadores de desempenho industrial da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) apontam uma linha ascendente de crescimento nos últimos três anos.
A evolução do mercado local, segundo a Suframa, considera uma elevação média no faturamento dos termoplásticos de aproximadamente 18% no último triênio. Além disso, segundo os mesmos indicadores econômicos, no primeiro trimestre deste ano, a receita total das empresas (US$ 413.96 milhões) foi 27,22% maior que a obtida no mesmo período do ano passado. Por sua vez, o ano de 2007, cujo faturamento superou a casa dos US$ 325.38 milhões, já havia sido 5,65% maior que o ano anterior, quando as empresas obtiveram praticamente US$ 308 milhões em negócios.

Adensar produção

Além da busca por novos mercados, as ações do projeto de adensamento da cadeia produtiva dos termoplásticos pretendem sensibilizar as empresas do setor de eletroeletrônicos a ampliare

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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