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Americanos, porém, abrasileirados

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Quem nunca provou um cookie genuinamente americano não sabe o que está perdendo. Biscoitos crocantes por fora com chocolate derretido por dentro. E eles já existem no Brasil, idênticos aos produzidos pelos americanos, fabricados pela Mr. Cheney.

“Quando provamos pela primeira vez lá nos Estados Unidos, tivemos certeza de que não havia nada parecido no Brasil e, por isso, trouxemos para cá. Trabalhamos com receitas típicas, tradicionais e exclusivas”, falou Lindolfo Paiva, proprietário da Mr. Cheney, em São Paulo, junto com a esposa Elida.
Desde 2015 a doceria tem um franqueador em Manaus, no Manauara Shopping. No ano passado uma nova unidade da franquia foi aberta no Amazonas Shopping.

“A aceitação do produto tem sido fantástica. As pessoas experimentam pela primeira vez e passam a voltar periodicamente. Nossos clientes ficam fascinados. Eu costumo dizer que o cookie no Brasil vai se tornar um pão de queijo: todo mundo vai conhecer e consumir. E nós somos muito felizes de sermos pioneiros em conceito e qualidade”, disse.

A primeira loja da Mr. Cheney foi aberta em 2005, no bairro da Casa Verde, na capital paulista. Desde então vem se espalhando por outros Estados do país, possuindo atualmente 59 unidades em operação. Por que Mr. Cheney? Jay Cheney é um cookieman californiano, amigo de Lindolfo e Elida. “Nos o conhecemos em uma missão para a igreja Mórmon, aqui no Brasil. O Jay é uma das pessoas mais carismáticas que conheço. Ele ama o Brasil e as pessoas daqui e está sempre disposto a ajudar os outros voluntariamente”, contou.

Os novos lançamentos
Responsável pela produção e qualidade dos cookies saídos dos fornos da Mr. Cheney, Elida Paiva não faz segredo sobre como obter o melhor biscoito. “É preciso ter os ingredientes certos e não deixar assar demais. O cookie americano não é simplesmente um biscoito, é quase uma receita de bolo”, ensinou. O cookie americano é macio, tem pedaços caprichados de chocolate (ou qualquer sabor) e é molhadinho por dentro. Eu costumo brincar que se faz “croc”, e não cookie”, riu.

E como toda iguaria estrangeira logo é abrasileirada tão logo caia no gosto das gentes daqui, com o cookie americano não foi diferente. “Com certeza que dá pra abrasileirar. Nós adaptamos as receitas americanas e fazemos variações nos sabores sazonais. Nessa Páscoa, por exemplo, tivemos o bolo de cenoura e agora, para o Dia das Mães, temos o brigadeiro. Duas sobremesas clássicas e muito queridas por aqui”, disse.

Além do brigadeiro (cookie com massa de chocolate -cacau em pó e grandes pedaços de chocolate meio amargo -revestido com chocolate granulado antes de assar), também foi lançado o cranberry (massa de chocolate branco com pedaços de cranberry e cobertura generosa de cranberry). “Pensamos no brigadeiro, porque é um doce muito comum e amado no Brasil e que ao mesmo tempo lembra as festas onde a família está reunida. Já o cranberry é uma fruta tipicamente americana muito saborosa e a combinação com o chocolate branco ficou excelente”, garantiu Elida.

A massa do cookie é produzida na fábrica em São Paulo e chega crua e congelada aos 59 franqueados de todo o país. “Esse é o segredo, pois se os cookies chegassem assados às lojas, não teriam o mesmo sabor. Os fornos especiais das unidades também fazem toda a diferença no resultado final”, entregou Lindolfo. “Em média, diariamente, são vendidos 30 mil cookies da Mr. Cheney em todo o país”, completou. A doceria também produz outras guloseimas americanas, como cheesecake, panqueca e apple pie.

Até o final do ano a franquia pretende praticamente dobrar suas lojas no país. “Pretendemos chegar a 100 unidades em 2017, com foco no Nordeste, Centro-Oeste e Sul, mas certamente queremos mais unidades para a região Norte”, concluiu.

Um produto de 80 anos
Como todas as coisas gostosas da vida, o biscoito recheado com chocolate surgiu por acaso quando pequenas porções de massa de bolo eram colocadas no forno para testar a temperatura. O nome confirma: a palavra cookie vem do holandês koekje, que significa “pequeno bolo”.

O famoso cookie crocante por fora e macio por dentro foi criado acidentalmente, no início de 1930, por Ruth Graves Wakefield, na TollHouse, no estado de Massachusetts (EUA). Ruth estaria preparando biscoitos quando misturou à massa pedaços inteiros de chocolate pensando que eles iriam derreter. Mas não foi o que aconteceu. Eles mantiveram sua forma e começaram a fazer muito sucesso.

Nunca se saberá se Ruth foi a primeira pessoa a fazer a tentativa de misturar pedaços de chocolate em biscoitos, mas foi ela quem apresentou ao mundo o famoso Chocolate Chip Cookies.

Desde estão, tradicionalmente os americanos comem cookies acompanhados de um copo de leite puro, pois o leite equilibra o sabor doce do biscoito.

Atualmente os americanos são os maiores consumidores de cookies do mundo, chegando a degustar cerca de dois bilhões dos biscoitos por ano, o que representa quase 300 cookies para cada cidadão. Estatisticamente os cookies são consumidos em mais de 92% das casas americanas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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