Investimentos em inovações, foco em produtividade, uma política eficiente de controle de custos e o aumento real da renda disponível do consumidor aliados ao atual cenário macroeconômico do Brasil foram os fatores que influenciaram positivamente o desempenho da Ambev no terceiro trimestre desse ano. O volume total de cerveja vendido pela companhia no país chegou a 20,3 milhões de hectolitros, um aumento de 12,5% em relação ao mesmo trimestre de 2009.
O bom desempenho da Ambev se deve, em boa parte, à atuação da companhia nas regiões Norte e Nordeste. Juntas, elas apresentaram um crescimento de 25% nos nove primeiros meses desse ano contra o mesmo período de 2009. Nessas praças a marca Brahma Fresh aumenta sua participação de mercado a cada período. Dentre outras inovações, destacam-se também os bons resultados obtidos com os novos líquidos Antarctica Sub-Zero e Skol360º; e com as embalagens em lata de 269ml e as garrafas retornáveis de 1 litro.
Segundo o vice-presidente financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Nelson Jamel, a companhia deverá apresentar crescimento de dois dígitos no ano ante 2009 em volume comercializado de cerveja. Até setembro, o incremento foi de 14,1%. No ano passado, o crescimento foi de 9,9%.
“Estamos bastante satisfeitos com o resultado apresentado pela companhia até o momento. No Brasil, o cenário macroeconômico está favorável e estamos conseguindo aproveitar isso e mostrar números sólidos e consistentes”, afirmou o executivo. A boa fase da Ambev no Brasil pode ser vista em sua fatia no mercado doméstico de cervejas. No terceiro trimestre, a Ambev ficou com um percentual de 71,1%, 1,7 ponto porcentual a mais que o terceiro trimestre de 2009 (69,4%) e 0,5 p.p. superior ao do segundo trimestre (70,6%).
A empresa também está entusiasmada com as vendas do final de ano que coincide com o verão, época tradicional de demanda aquecida. “Estamos mais do que preparados para o verão e tomara que ele seja tão bom quanto as vendas que estamos realizando no ano”, afirmou. Para tanto, de acordo com o executivo, as primeiras linhas de produção das duas novas fábricas de São Luiz (MA) – com investimentos de R$ 140 milhões – e Viamão (RS) – com aportes de R$ 152 milhões – começaram a funcionar em agosto.
“Há uma terceira nova unidade fabril em Itapissuma (PE), com investimento de R$ 260 milhões, mas ela só vai funcionar a plena capacidade no início do segundo semestre”, disse, adiantando que a empresa anunciará a construção de mais três Centros de Distribuição Direta (CDD). O executivo ainda informou que a Ambev fará reajustes de preços de seus produtos no decorrer do quarto trimestre e que as importações de latas serão eliminadas somente no ano que vem, já que os investimentos dos fornecedores serão capturados 100% somente nesse período.
Operações internacionais
Com relação às operações fora do Brasil que a empresa possui (representativas de aproximadamente 30% do volume total da empresa), Jamel disse que uma recuperação em termos de volume só acontecerá no ano que vem. “No Canadá, por exemplo, a indústria tá caindo 0,8% em média por mês. Na Argentina, crescimentos e contrações são alternadas. A retomada da indústria nesses países está se mostrando fraca e lenta”, afirmou. “Mas em termos de resultados financeiros – Ebitda, por exemplo -, continuamos com a nossa política de redução de custos e aumento de rentabilidade”, completou.
