Lilian D’ Araujo
@lydcorr
O ecossistema de negócios digitais, biotecnológico e as experiências de sustentabilidade e inovação envolvendo a Amazônia está mais efervescente do que nunca. Em um momento em que a Amazônia está sob os holofotes internacionais e que investir na região tem se tornado um case de interesse global, a realização da Expo Amazônia Bio&TIC atraiu atenção e fomentou novos negócios. Dezenas de autoridades nacionais, executivos de grandes players e mais de 15 mil pessoas passaram pela feira, segundo os organizadores.
O evento reuniu a nata de negócios inovadores presentes na Amazônia. Startups, como Navegam, Eco Citizen, EVA, Sonoraplay, Seed Restauro, marcaram presença. Institutos como a FAS, Idesam, Ocean, FPF Tech e grandes conglomerados como grupo nacional Hospital Albert Einstein, Samsung, Positivo, Oracle, Sidi, entre outros também chamaram a atenção de um público muito impressionado com o evento. “No primeiro dia, tivemos cerca de 6 mil pessoas prestigiando, fora a quantidade de pessoas que o próprio evento mobiliza dentre as empresas. Os dois últimos dias, foram de estabilidade de visitação, entre 5 e 4 mil. Percebemos muito interesse do público durante todos os horários da feira”, analisou Murilo Monteiro, diretor-executivo da Associação do Polo Digital de Manaus.
Um dos destaques da feira foi o SiDi, que inaugurou nova unidade em Manaus em dezembro e apresentou algumas de suas principais competências no evento. Credenciado pela Suframa no contexto da Lei de Informática, o SiDi Manaus integra o polo digital da região, atendendo às necessidades de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica de empresas que atuam na Amazônia Ocidental (Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia) e Amapá. “Atuamos, prioritariamente, em projetos que envolvem desafios tecnológicos nas áreas de segurança cibernética, IA ( Inteligência Artificial), visão computacional e IoT (Internet das Coisas)”, afirma Carlos Henrique Fonseca, gerente executivo do SiDi Manaus.
E é nessas áreas que o instituto de tecnologia está apresentando suas competências, nas demonstrações realizadas em seu estande na Expo Amazônia Bio&TIC. “Essas competências estão sendo desenvolvidas em Manaus, nos projetos de pesquisa e desenvolvimento iniciados em 2022 a partir de convênios celebrados com parceiros da região da Amazônia Central”, revela o executivo.
A Nobre Academia de Robótica, que esteve recentemente no Jornal do Commercio apresentando seu projeto social, também foi destaque do evento, com robôs para diversas aplicações. A empresa levou seus alunos do projeto social feito em parceria com a Escola Municipal Antônia Medeiros da Silva e participaram de painéis realizados pela Semtepi (Secretaria Municipal de Empreendedorismo e Inovação).
Já a FPF Tech participou também com muita inovação e apresentando projetos feitos pelos alunos da instituição. Participaram da trilha de palestras sobre Indústria 4.0 coordenada por Rogério Caetano e Rafael Teodosio e chamaram atenção por toda inovação presente em seu estande.
A FAS (Fundação Amazônia Sustentável), reuniu os visitantes para um debate sobre o potencial da Amazônia e as maneiras que os recursos podem ser utilizados para a bioeconomia.
Participou do evento também uma startup que usa colágeno para a produção de tecidos biológicos como pele humana e até órgãos.
Para o fundador da startup EVA, Adreas Kaasi, a região possui uma grande quantidade de recursos que podem gerar o colágeno. “A Amazônia representa uma gama de oportunidades através da biodiversidade”, disse.
O evento contou com mais de 80 palestrantes, 120 expositores, através de seus 60 estandes e 60 totens digitais. A Expo Amazônia Bio&TIC 2022 foi realizada pela APDM (Associação do Polo Digital do Amazonas); governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação; Centro de Biotecnologia e Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia).
