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Amazonenses lideraram adesões aos planos de saúde, aponta IESS

ANS esclarece suspensão no aumento dos planos de saúde

O Amazonas ganhou destaque em 2022 em novas adesões a planos médico-hospitalares. Os dados da NAB (Nota de Acompanhamento de Beneficiários) do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), indicam um crescimento de 5,4% nas adesões se sobressaindo ao restante dos Estados da região Norte. 

O Estado ganhou 31 mil novos beneficiários no período e contabiliza 606,2 mil vínculos, número recorde desde o início da série histórica da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

O aumento é confirmado pelas administradoras de planos de saúde no Estado. Conforme a consultora, Evelyn Mesquita, as adesões aumentaram em 8% “Durante os últimos 12 meses encerrados em dezembro de 2022, conseguimos fechar o ano com saldo positivo na contratação deste tipo de modalidade”. Para se ter uma ideia de como as famílias estão priorizando a saúde, ela confirma que: “Nos dois primeiros meses deste ano já observamos uma procura maior que no mesmo período de 2022, inclusive com fechamento de contratos”.

A pandemia foi um “catalisador” nas contratações de planos de saúde e a grande responsável pelo impulso no aumento. No primeiro semestre de 2022, o Amazonas já apontava um cenário positivo nesse aspecto. Inclusive, com índices acima da média se comparado com o Brasil, levando-se em conta a variação anual. 

Os planos coletivos, tanto por adesão quanto o empresarial, este diretamente ligado ao registro de alta no número de trabalhadores formais com base nos dados do Caged, foram os que mais cresceram no período”, afirma o superintendente executivo do IESS, José Cechin. 

A propósito, as informações, da NAB nº 78, desenvolvida pelo IESS, reforçam ainda que em termos percentuais, o Estado foi o que mais cresceu no período, bem acima do indicador nacional (3,3%). Com isso, ficou à frente do Tocantins (4,9%), Rondônia (3,1%) e Roraima (2,1%). Acre e Amapá tiveram variações negativas (-0,9%) e (-3,9%), respectivamente. 

Assim como nas demais regiões do país, o tipo de plano coletivo-empresarial foi o que teve maior registro de alta (6,2%). Em números absolutos, foram acrescentados 28,9 mil novos contratos em 12 meses, seguido pelo coletivo por adesão (3 mil). Os planos individual ou familiar tiveram registro de queda (-1,8%), com perda de 925 vínculos.

A faixa etária com maior aumento no volume de vínculos foi a de 19 a 58 anos (5,7%), com 21,6 mil beneficiários, a frente de 0 a 18 anos (4,4%), com 6,9 mil, e 59 anos ou mais (5,8%), com 2,4 mil.     

De acordo com José Cechin, superintendente executivo do IESS, os planos coletivos empresariais têm crescido e representam 70% do número de vínculos totais do país. “Portanto, esse bom desempenho em adesões registrado no Amazonas, é reflexo direto do emprego formal, que em 12 meses cresceu 7,9% no Estado”, afirma

Série histórica

Em dezembro de 2022, 50,5 milhões de brasileiros possuíam um plano de saúde de as-

sistência médico-hospitalar. Este resultado fez o segmento atingir seus patamares his-

tóricos. Entre dezembro de 2014 e 2017, o número de beneficiários reduziu em cerca

de 3 milhões. Após o choque nos meses iniciais da pandemia de Covid-19 (entre março

e junho de 2020), o número de vínculos voltou a crescer de forma acelerada e, em dois

anos, reconquistou o patamar de 50,5 milhões de beneficiários.

Perspectivas

De acordo com a sondagem, o número de beneficiários em planos coletivos empresariais segue de perto o emprego formal. Com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), no mesmo período (entre dez/21 e dez/22), o estoque de empregos formais passou de 40,7 para 42,7 milhões, respectivamente, crescimento de 2,0

milhões de novas oportunidades de empregos no Brasil (alta de 5,0%).

Por fim, o estudo revelou que o cenário do número de beneficiários em planos de saúde para 2023 dependerá da geração de empregos formais no país, especialmente na

indústria e serviços (setores que tradicionalmente costumam ofertar o benefício aos colaboradores).

BOX 

Taxa de cobertura regional

• Norte: 10,5%

• Nordeste: 12,4%

• Centro-Oeste: 22,6%

• Sudeste: 35,2%

• Sul: 24,8%

• Brasil: 23,5%

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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