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Amazonense gasta menos no supermercado em agosto, aponta Amase

Seguindo tendência nacional, o Amazonas também sofreu recuo em relação ao consumo nos lares amazonenses no mês de agosto, registrando queda de 1,5%, o resultado é um pouco menor que a média nacional que caiu 2,33%. Os dados são da Amase (Associação Amazonense de Supermercados). 

A diminuição acende alerta e preocupa o segmento porque a mudança no comportamento das famílias já  vem seguindo um momento em que se opta pela substituição de produtos. “O consumidor tem mudado a marca predileta de produtos e diminuindo a compra de itens que caibam no seu orçamento por causa da inflação e ainda assim registramos menor consumo”, atenta o vice-presidente da entidade, Ralph Assayag.

Os números mais recentes da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) confirmam a realidade do brasieliro que tem feito  verdadeiros malabarismos para manter o equilíbrio do bolso. Em todo país, o consumo nos lares brasileiros caiu 2,33% entre julho e agosto deste ano. Apesar do acumulado do ano ser positivo com alta de 3,15%.  Quando comparado com agosto do ano passado, a queda foi de 1,78%.

Para Ralph Assayag está evidente que a queda no poder aquisitivo das famílias foram os protagonistas para o resultado. “Se conseguiu mais empregos, mas o poder aquisitivo em relação ao salário você vai perdendo em decorrência da inflação e isso vai trazendo cada vez mais um problema maior para as famílias que vão perdendo força entre conseguir gastar como antes”. 

Com R$1,5 mil as pessoas compravam x de itens e agora compram menos e a inflação subindo esse poder de compra tende a cair ainda mais. “E aí traz um problema sério para a população. O dólar está subindo,  aumento de combustível isso tudo retrai diretamente no produto final da compra”, avalia Assayag. 

Em agosto, a cesta Abrasmercado registrou o valor de R$ 742,64, queda de 1,36% em relação ao mês anterior.

Carne mantém consumo

De acordo com Amase, nem mesmo a alta acumulada no preço da carne em 12 meses, impediu que o produto deixasse de ser consumido, aliás, segundo Ralph Assayag,  é mais consumido no Estado, nos últimos meses. 

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nos últimos 12 meses a carne acumulou alta de 30,7%. A demanda crescente pelo alimento, registrada pela Amase, vai na contramão da previsão da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ao projetar a redução de cerca de 14% no consumo do alimento neste ano, em relação a 2019, no país. Além disso, o nível de consumo deve chegar a patamares menores dos últimos 26 anos.

Outros números

Os ICS (Índices de Consumo em Supermercados), divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, os dados de agosto, em comparação com o mesmo período de 2020, indicam que o segmento encerrou o período com queda de 1,7% no valor total gasto. No mais, o número de estabelecimentos que realizou pelo menos uma venda registrou alta de 2%. Já ao ter como base o comportamento de consumo em supermercados em 2019, ano anterior à pandemia, observamos um aumento de 3,1% no valor total gasto, queda de 12,7% no volume de transações e alta de 2,5% no número de estabelecimentos que registraram ao menos uma transação. 

Segundo os pesquisadores da Fipe, ocorreu uma mudança no comportamento de consumo nos supermercados, visto que, diferente dos outros meses, houve aumento no volume de transações e queda no valor gasto. Esse resultado pode ser explicado pela alta dos preços, principalmente dos alimentos, aliada à persistência de efeitos negativos da pandemia sobre a renda e o emprego. 

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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