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Amazonas zera chamados por leitos de UTI-Covid em Manaus

O Amazonas conseguiu zerar a fila de espera de UTI Covid-19 depois de 86 dias do colapso registrado na saúde que mostrou as fragilidades do sistema para enfrentar situações tão graves como a pandemia do novo coronavírus.

As informações são da SES-AM (Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas). Agora, o cenário se inverteu. Sem pacientes aguardando vagas para tratamento intensivo, a região passou a receber doentes de outros Estados, uma contrapartida ao auxílio emergencial de outras regiões do País por aceitar a transferência de doentes que aqui morriam por falta de atendimento.

A situação no Amazonas se agravou entre janeiro e fevereiro. Até março, foram registradas pelo menos 6.350 mortes de pessoas vitimadas pela Covid-19, segundo o diretor-presidente da FVS-AM (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas), Cristiano Fernandes.

“A pandemia está, realmente, em declínio, mas não atingiu ainda o nível desejado para a segurança necessária que viabilize a retomada integral das atividades econômicas”, disse ele. “Portanto, faz-se necessário manter os cuidados básicos preventivos. Só uma maior cobertura vacinal trará mais garantias”, acrescentou..   

Durante o colapso na saúde do Amazonas, muita gente peregrinava pelos hospitais, tanto da rede pública e privada, sem conseguir atendimento. E muitos morreram em frente de unidades hospitalares por falta de assistência médica e também de oxigênio medicinal. Os estoques do insumo tão essencial para salvar vidas se esgotaram, matando muitas pessoas por asfixia.

O caos se instalou e repercutiu no mundo. Depois da China, da Europa e dos Estados Unidos, o Amazonas passou a ser considerado como o principal epicentro da pandemia do novo coronavírus, impactando na economia e ameaçando causar uma tragédia social sem precedentes.

Sob a coordenação da SES-AM, a UGPE (Unidade Gestora de Projetos Especiais) lançou a ‘Operação Padrão’ que distribui kits a pacientes de Covid-19 vindos de outros Estados para tratamento no Amazonas. A medida, chamada de corrente de solidariedade, é uma retribuição à ajuda que o Estado recebeu durante a segunda onda da pandemia.

Os kits contêm carta de boas-vindas, com produtos de higiene para suporte ao paciente; e os itens de despedida trazem o certificado ‘Eu venci a Covid-19’, biscoitos, balas regionais, artesanato regional e um calendário.

Segundo o governo do Amazonas, o projeto conta com o apoio do FPS (Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza) e da Seas (Secretaria de Assistência Social). (Seas). Atualmente, a operação está dividida em duas grandes frentes – a primeira com apoio logístico e de ajuda, por meio de envio de respiradores, cilindros, miniusinas, insumos e medicamentos para outros Estados.

A segunda frente realiza a recepção e acolhimento dos pacientes transferidos para o Amazonas, dando continuidade ao tratamento contra a doença. 

“A UGPE tem uma expertise de acolhimento diferenciado, que é a conjugação das ações sociais com as ações de comunicação social. Então, a unidade ficou encarregada de fazer a identidade visual e de criar o material de acolhimento e de despedida, como uma forma de demonstrar a preocupação do Estado em recepcionar bem esses pacientes”, explicou a subcoordenadora do Social da UGPE, Viviane Dutra.

Comitê nacional

Ontem, o governo federal e o Congresso anunciaram a criação de um comitê nacional de enfrentamento à Covid-19. O anúncio foi feito no dia em que o País registrou mais de 3 mil mortes em decorrência do novo coronavírus.

Participaram do encontro, no Palácio da Alvorada, em Brasília, chefes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Agora no centro da coordenação nacional, Bolsonaro mencionou a intenção “de se dedicar à vacinação em massa para resolver a situação complicada em que se encontra o Brasil”.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), que participou da reunião na capital federal, apresentou as demandas do Estado para o enfrentamento da pandemia. E enumerou a necessidade urgente da vacinação em massa da população para vencer o coronavírus. Ele ressaltou, ainda, a importância do equilíbrio das medidas restritivas para impedir a circulação do vírus, sem interrupção total das atividades econômicas.

Foto/Destaque: Divulgação

Marcelo Peres

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