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Amazonas tem R$ 4,8 bilhões em projetos financiados

O governador em exercício, José Melo recebeu, na manhã de quinta-feira, 26, a visita do titular da Sudam (Supe‑ rintendência de Desenvolvimento da Amazônia), Djalma Mello. A visita realizada na sede da Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda) reforçou a posição do Amazonas como o Estado que mais vem conquistando desenvolvimento através de recursos aplicados pela autarquia no Norte.
No resumo de ações executadas pela Sudam na região, que englobam os resultados dos dois grandes instrumentos de investimentos da autarquia –o FDA (Fundo de Desenvolvimento da Amazônia) e os incentivos fiscais à produção–, o Amazonas desponta com 511 projetos aprovados e R$ 4,8 bilhões em investimentos, ou 57% de participação nos aportes da Superintendência.
Na reunião, foi explicitado que do total de recursos comprometidos pelo FDA (R$ 3,44 bilhões), em 18 projetos, R$ 811,27 milhões estão sendo concentrados aplicados em quatro grandes programas. Da média total de recursos comprometidos pelo Fundo nas nove unidades federativas do Norte, o Amazonas corresponde a um percentual de 23,55%, equi‑ valente a R$ 811,27 milhões, mais do que o dobro da média se dividida em igual proporção para os outros Estados.

Falta de energia

“O projeto que nos agrada é justamente o da Manaus Transmissora de Energia, pelo fato de ficarmos livres da ameaça da falta de energia. Como a demanda no Amazonas é crescente –e altamente crescente—, estamos sempre correndo atrás. Financiamos grande parte do Linhão, que vem de Orixi‑ miná, passando por vários municípios, inclusive Parintins, e que vem bater na ca–pital. Esta vai deixar de estar isolada do sistema nacional. Imagina-se que não vai mais faltar energia, mesmo quando a oferta local estiver reduzida. Tiramos do isolamento Amazonas, Amapá e Acre”, salientou Djalma Mello.
José Melo destacou a importância dos investimentos em geração energética como um link com outros tipos de investimentos que podem alavancar o desenvolvimento do Estado. “Acabei de vir de uma reunião com investidores na área de mineração. Porque temos uma mina de calcário em Nhamundá, outra em Jatapu e outra em Maués, dentro do Rio Carauari. Essas minas todas não significavam nada sem energia. Com o Linhão, os empresários já estão discutindo licença ambiental para instalação, sem contar a questão da silvinita que, agora sim, vai acontecer. Esse investimento vai induzir outros. E a matriz econômica do Amazonas está deixando de ser só o Polo Industrial para a Indústria de Transformação”, frisou.
Ainda sobre a matriz e–nergética, o titular da Sudam adiantou que já foi procurado por empresas para investimentos que necessitam da matriz energética no Amazonas. “Já fomos procurados por dois grupos. Um deles, do Pará, quer produzir cimento em Vila Amazônia, por onde passa o linhão. Tem muitos projetos querendo vir para cá”, informou.

Governo estadual e autarquia vão cobrar da Telemar obras para fibra ótica

José Melo conta que solicitou à autarquia intervenção junto à Telemar Norte Leste S/A para melhorias na banda larga de internet em Manaus. O projeto da Telemar recebeu do FDA R$ 446,48 milhões para implantação, ampliação e modernização do sistema na capital e municípios do Amazonas. “Não estamos sentindo segurança de que a companhia vai estender a banda larga para pontos essenciais. Tivemos de financiar sete novas torres de transmissão para mudar a transmissão de dados para via rádio, porque não há como fazer isso pela banda larga. Eles aproveitaram a rede lógica que já existia e não expandiram”, apontou o governador em exercício.
Djalma Mello reafirmou o apoio à iniciativa e completou. “Vamos lutar pelos investimentos. Há dois dias, a empresa me disse que a parte da rede da fibra ótica que vem de Roraima para Manaus teve paralisação na área dos Atroaris-Waimiris. Também conversamos com a Funai [Fundação Nacional do Índio] para resolver o problema”, garantiu.

Incentivos fiscais

Quanto aos incentivos fiscais, a Sudam informa que, entre 2007 e 2011, dos 892 projetos concedidos, 511 estão localizados no Amazonas, ou 57% do total. As iniciativas incluem ampliação, diversificação, modernização e implantação e geram em torno de 244 mil empregos, correspondendo a 68% do total mantido e gerado por todos os projetos financiados pela autarquia.
O principal estímulo concedido por esses projetos, em cerca de 90% deles, é o da redução de 75% do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), incluindo ainda os projetos de concessão de incentivos do reinvestimento e outros de isenção da taxa da Marinha Mercante, que incidem sobre bens importados.
Quanto aos recursos orçamentários consignados à Sudam, para 2011, houve um corte de 14% e, com a redução de 50% destinados a projetos finalísticos, restarão apenas R$ 6,10 milhões para atender a demanda por convênios na região. “Existe um incentivo que é o do reinvestimento. A pessoa deixa de pagar 75%. Tem de recolher 25%. Na declaração, tira 30% sobre esses 25% e deposita numa conta específica, adiciona mais 50% daquele valor e pode usar para aquisição de máquinas e equipamentos novos. Faz um projeto para a Sudam e esta aprova. Não paga juros e nada mais. Isso é um novo meio para se conquistar novos investimentos”, finalizou Djalma Mello.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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