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Amazonas tem destaque na adesão em planos de saúde

Mantendo crescimento exponencial, a adesão a planos de saúde no Amazonas  ganhou 41,8 mil novos beneficiários, em um ano, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). A análise comparativa refere-se a setembro do ano passado com o mesmo mês de 2021. Com os novos contratos o quantitativo de usuários de planos de saúde no Estado, totaliza 565,2 mil usuários, o que corresponde a uma alta de 8% no período. Com isso, 13,2% da população amazonense contam com cobertura de plano de saúde privado.

De acordo com o levantamento, a variação no mês chega a 0,4% com taxa de cobertura de 15,74%. São 732 operadoras em atividade, sendo que 203 ativas com beneficiários. Os planos coletivos ainda lideram com 512.912, seguido pelo coletivo empresarial 455.997, o plano coletivo por adesão registrou 56.916 novos contratos, a modalidade individual ou familiar 52.160.

O administrador da empresa Plural Saúde, Wilker Monteiro, considera que o primeiro ponto para o aumento na demanda é a segurança que o produto dá para quem contrata. Ele afirma que os planos coletivos por adesão despontam entre os mais procurados. “A partir do momento que o cliente passa a conhecer a modalidade de contratação, destinado para uma determinada categoria/classe que tem o perfil e que se enquadra como entidade,  associação ou sindicato ele investe sem medo. O crescimento em um ano, deixa bem claro que as pessoas estão mudando a visão passando a ter a necessidade de colocar isso como as principais opções na renda familiar e pelo fato do produto se encaixar como  condição de preço abaixo do que costuma encontrar num plano de pessoa física e isso pesa muito na tomada de decisão”, pontua. 

Além disso, com a pandemia as pessoas  passaram a ter consciência que é importante sim ter um plano de saúde que não dependa apenas do SUS. 

Ele avalia ainda que o produto coletivo por adesão dar para as operadoras um garantia de adimplência num momento em que muitas empresas vem sendo castigadas com a alta índice de inadimplência e a modalidade de contratação traz a garantia de que a operadora receba integralmente os valores caso ocorra algum tipo de não cumprimento do beneficiário final. “É uma outra condição que eu acho importante para a operadora que adota esse modelo de comercializaao”. 

Adesão no país

Os planos de saúde ganharam 1,9 milhão de novos beneficiários desde junho de 2020 em todo o país, segundo dados da ANS sobre o comportamento do mercado durante a pandemia. Em junho do ano passado, o sistema contabilizava 46,7 milhões de beneficiários, o patamar mais baixo de 2020. Em setembro deste ano, o número chegou a 48,6 milhões.

Para a FenaSaúde, entidade que representa os 15 maiores planos do país, é fundamental incentivar esse crescimento, a fim de garantir que mais pessoas tenham acesso à saúde suplementar. E isso passa por mudanças profundas no Marco Legal da saúde suplementar que está em discussão no Congresso Nacional. Entre elas, maior segmentação, com mais modalidades de cobertura; novos modelos de franquias e coparticipação; e mais liberdade para a comercialização de planos individuais, com regras competitivas para preços e reajustes.

“Outro ponto importante é diversificar e ampliar os tipos de coberturas que podem ser oferecidos, a chamada modulação de produtos, pois hoje são apenas cinco opções, restringindo a criação de opções adequadas para o perfil de cada família ou empresa”, ressalta a diretora executiva da FenaSaúde, Vera Valente.

Vera complementa que a entrada de mais 1,9 milhão de beneficiários nos planos, desde junho de 2020, demonstra a preocupação dos brasileiros com a saúde. Esse fenômeno aconteceu em todos os estados do Brasil. Muito motivado pela pandemia, que reforçou ainda mais a necessidade de contar com atendimento de qualidade.

Outros dados

Até agosto deste ano, as contratações de planos de saúde coletivos empresariais apresentaram alta de 5% nos últimos 12 meses em todo país. Essa adesão também teve incremento de 8,9% no Amazonas, colocando o estado entre os maiores aumentos durante o período. Por região, o aumento nos dígitos do Norte chega a 5,3%. Os dados foram apurados pela NAB (Nota de Acompanhamento de Beneficiários), do IESS ( Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).

“Os planos coletivos já representam 81,5% dos vínculos de planos médico-hospitalares no país. Esse é um indicativo de que cada vez mais empresas investem nesse benefício visando o desempenho e o bem-estar dos colaboradores e seus familiares”, opina José Cechin, superintendente executivo do IESS.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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