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Amazonas se prepara para a terceira onda da Covid-19

Temendo a falta de oxigênio medicinal com a possibilidade de uma terceira onda de Covid-19, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), reuniu representantes da empresa White Martins para garantir o abastecimento do insumo nas redes hospitalares do Estado.

As medidas fazem parte do plano de contingência da SES-AM (Secretaria de Estado de Saúde) para o enfrentamento à pandemia que contabiliza pelo menos 12 mil mortes, com mais de 300 mil casos do novo coronavírus na região. As negociações com a principal fornecedora de gás foram online e aconteceram na segunda-feira (5).

Governo negocia regularidade no abastecimento de gás medicinal 
Foto: Divulgação

Estima-se que um novo pico da doença deve acontecer a partir de maio no Estado se a população não seguir à risca as medidas preventivas contra o novo coronavírus.

De acordo com a White Martins, a produção de gás da empresa no Amazonas é  hoje de 36 mil metros cúbicos por dia, em média. Já o consumo da rede estadual de saúde está de 17 mil m³/dia.

A fábrica informou que, no segundo pico da pandemia no Estado, a demanda chegou a 80 mil m³ para atender toda a rede hospitalar na capital e no interior. Os representantes da White Martins informaram, ainda, que a capacidade atual de armazenamento em Manaus é de 250 mil metros cúbicos.

No encontro, Wilson Lima ressaltou que jamais o Amazonas deve voltar a vivenciar o colapso registrado entre janeiro e fevereiro deste ano. Nesse período, a área de saúde do Estado esgotou praticamente a sua capacidade de atendimento, sendo obrigada a transferir pacientes para tratamento em outros grandes centros do país.

“É grande a possibilidade de enfrentarmos um novo pico de Covid-19, como acontece hoje em países da Europa que registram uma terceira onda de coronavírus”, admitiu Wilson Lima. “O que vimos no início do ano  no Amazonas assistimos hoje nas regiões Sul e Sudeste do país”, afirmou.

Segundo o governador, a reinfecção está sendo registrada até em países com altos índices de vacinação contra a Covid-19. Hoje, o Estado é um dos líderes na campanha nacional de vacinação, atingindo uma das maiores coberturas vacinais.

“Na Europa, o intervalo entre a segunda e terceira onda de Covid-19 foi de 50 a 21 dias”, acrescentou o governador do Estado.

Incidência

Dados da SES-AM apontam que no segundo pico da doença no Amazonas, em janeiro deste ano, o número de casos subiu gradativamente durante 21 dias e foram necessários 40 dias para desacelerar as infecções.

Os indicadores estaduais continuam sendo monitorados e ainda mostram tendência de queda no número de casos, internações e óbitos por Covid-19, segundo a secretaria.

Mesmo com a redução na curva da pandemia no Amazonas, a SES-AM já trabalha em novo  plano de contingência caso o Estado venha a enfrentar outro pico de coronavírus, informou o secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo.

Entre as medidas em planejamento está o abastecimento de oxigênio, insumo muito demandado nas internações hospitalares devido às peculiaridades da Covid-19.

O secretário lembrou que a nova variante do novo coronavírus, a P1, foi um dos fatores que levaram ao crescimento recorde e inesperado de casos e internações por Covid-19, em um curto período de tempo no Amazonas.

“Isso comprometeu todo o planejamento traçado no plano de contingência para o recrudescimento da doença, que vinha sendo colocado em prática desde novembro do ano passado”, afirmou ele.

Foto/Destaque: Divulgação

Marcelo Peres

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