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Amazonas registra saldo positivo de empregos em novembro

Amazonas registra saldo positivo de empregos em novembro

Puxado novamente por serviços e comércio, o Amazonas registrou seu quinto saldo positivo seguido em empregos com carteira assinada, em novembro. A expansão foi de 1,29%, graças à criação de 5.436 postos de trabalho, um desempenho pouco abaixo do apresentado no mês anterior (+1,37% e +5.669 vagas). No total, 15.467 trabalhadores foram admitidos, superando os desligamentos (10.031). Praticamente todas as vagas (5.497) vieram de Manaus, que teve expansão de 1,43%, na mesma comparação. 

Foi o quarto melhor número do Estado neste ano, perdendo apenas para outubro, setembro e agosto, mas superando em muito a performance pré-pandemia de janeiro (+0,18% e 738 postos de trabalho) e fevereiro (+0,37% e 1.516). Pela quinta vez no ano, o Amazonas superou a média nacional (+1,07%) na variação mensal e, pela quarta, fez o mesmo em relação à região Norte (+0,88%). 

O desempenho mensal do Amazonas também conseguiu empurrar para frente o saldo acumulado pelo terceiro mês seguido, desde o começo da pandemia. De janeiro a novembro, o Estado avançou 2,76% na criação de vagas (+11.415), graças ao predomínio dos empregos criados (143.849) em detrimento dos eliminados (132.434). O estoque registrado no mês passado foi de 425.641 ocupações. Os dados foram extraídos da mais recente edição do “Novo Caged”, divulgado pelo Ministério da Economia, nesta quarta (23).

Serviços e comércio 

O levantamento não inclui variações anual e acumulada para as atividades econômicas nos Estados. Todos os cinco setores econômicos listados tiveram elevações mensais, no Amazonas. O maior saldo veio novamente dos serviços (+2.358 empregos), que apresentaram sua quarta alta mensal seguida, desde a eclosão da pandemia no Amazonas – sendo que o resultado veio reforçado na comparação com outubro (+2.097). 

A maior parte das vagas veio novamente das atividades administrativas e serviços complementares (+1.229), seguidas de longe por saúde humana e serviços sociais (+388), alojamento e alimentação (+317) e transporte, armazenagem e correio (+219). Já informação e comunicação (-4) e administração pública, defesa e seguridade social (-5) eliminaram vagas.

Comércio e reparação de veículos (+2.280) foi o segundo setor em saldo de postos de trabalho, batendo os números de outubro (+1.745) e setembro (1.156). A indústria em geral (+776) ficou em terceiro lugar, com número abaixo do apresentado em outubro (+1.047). Foi carreada pela indústria de transformação (+552), e seguida de longe pelos segmentos de águas, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação (+243) e de eletricidade e gás (+14), mas não pela indústria extrativa (-33).

Na sequência, veio o setor de construção (+17) – com um tombo significativo em relação a outubro (+124) e setembro (+695). Em último lugar no ranking dos setores econômicos do Amazonas, a atividade de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura gerou apenas cinco empregos – após o recuo de outubro (-1) e dos tímidos crescimentos de setembro (+26) e agosto (+16).

Sazonalidade e lockdown

“O crescimento era esperado para a época. Vínhamos embalados com contratações e vendas, mas essa decisão do governo estadual de hoje [quarta, 23], de voltar a fechar as lojas em um novo lockdown, por 15 dias, deve contribuir para um novo aumento nas demissões, logo no começo do ano. Esperamos que não”, ponderou o presidente da ACA, Jorge Lima.

Em depoimento anterior à reportagem do Jornal do Commercio, o presidente do Cieam, Wilson Périco, já havia antecipado que a indústria não teria alta mensal no saldo de empregos em novembro ou dezembro, dada a acomodação da capacidade produtiva das empresas, à medida em que demanda de fim de ano foi sendo atendida. “O número de empregos temporários e efetivos foi mantido. Agora, é torcer para isso se manter também, no ano que vem. Vamos aguardar”, concluiu. 

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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