Pesquisar
Close this search box.

Amazonas lidera o setor de construção civil na região Norte

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2007 mostram que a produtividade no setor de construção civil no Amazonas foi a maior da região Norte, com R$ 106,5 mil por trabalhador. O nível de ganhos salariais subiu 0,8% na região, com destaque para o Amapá (alta de 53,6%). Quanto aos salários, o país registrou crescimento de 22,1%. As informações são referentes à Paic (Pesquisa Anual da Indústria da Construção) do IBGE, com a análise de 110 mil empresas e 1,8 milhão de trabalhadores, divulgada este mês.
A produtividade nacional, em 2007, foi em média R$ 76,2 mil por trabalhador, enquanto na região Norte o valor superou o país em 6,85%, com R$ 81,8 mil. O principal responsável pela alta na região foi o Estado do Amazonas, enquanto Tocantins encerrou a lista das unidades da federação integrantes do maior grupamento de Estados do Brasil, com média de R$ 22,2 mil.

Mensurar eficência

Calculada com o valor das obras e/ou serviços da construção executados dividido pelo número de pessoas ocupadas, a produtividade da indústria da construção, tem o objetivo de mensurar a eficiência do trabalho no setor. Considerando o nível de produtividade por Estados, Rio de Janeiro e Distrito Federal consolidaram as maiores altas, com R$ 97,1 mil e R$ 88,9 mil, respectivamente.
Para o presidente do Sin­tracomec/AM (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Amazonas), Roberto Bernardes, a pesquisa não pode ser considerada de maneira absoluta. Ele disse que “é difícil calcular o nível de emprego do setor devido a sua sazonalidade característica”.
“Quando uma empresa demite os trabalhadores devido ao fim da construção, depois de uma semana quase todos já estão empregados em outra obra que está começando. O sindicato não reconhece esses valores negativos da pesquisa”, declarou Bernardes. O presidente do Sintracomec/AM ressaltou que várias empresas procuraram a entidade nos últimos dois meses a procura de indicação de profissionais.

Trabalhador custa mais

A região Nordeste apresentou índice (abaixo da média nacional em todos os seus Estados, R$ 61,3 mil). Alagoas, Bahia e Pernambuco foram os únicos Estados que registraram valores acima da média da região, com R$ 72,5 mil, R$ 63,5 mil e R$ 61,5 mil, ordenadamente.
O vice-presidente do Sinduscon/AM (Sin­dicato das Indústrias da Construção Civil do Amazonas), Francisco Flauber, falou sobre os custos dos trabalhadores para a empresa. “Os funcionários custam quase duas vezes mais que o valor dos seus salários e isso encarece um pouco o valor final da obra”. Ele disse, também, que o sindicato possui empresas 526 filiadas em todo o Estado do Amazonas.
Entre 2006 e 2007, o valor das obras realizadas pela indústria da construção cresceu, em termos reais, 10,9%, sendo que o segmento de edificações residenciais, que tem o maior peso no setor teve expansão 13,9%.

Média salarial

A pesquisa do IBGE analisou 1,8 mil trabalhadores, verificando média salarial de 2,3 salários mínimos (R$ 606,5) e custo total de R$ 30,6 bilhões para as 110 mil empresas avaliadas manterem os funcionários. Além disso, os gatos com salários somaram R$ 20,7 bilhões.
As construções contabilizaram R$ 128 bilhões, com lucro líquido de R$ 122,7 bilhões em 2007, crescimento de 16,9% em relação a 2006. O setor público foi responsável por 40,1% de tudo o que foi construído, com R$ 51,3 bilhões utilizados; 2,4% menos que em 2006.
O cimento foi o item mais comprado pelas construtoras, representando 27,4% da lista de produtos necessários à obra. O tijolo ficou na quinta colocação, com 11,1% de utilização, perdendo para asfalto, concreto usinado e vergalhões.

Edificações residenciais

O valor da área de obras residenciais creceu 6,3% devido, principalmente, ao aumento de edificações residenciais (13,9%), produto de maior peso na construção e diretamente influenciado pelo crédito imobiliário. Para o aumento de 3,6%, o instituto de pesquisa optou por analisar a evolução do valor dos produtos da construção em termos nominais, pois o Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), calculado pelo IBGE, não é detalhado por tipos de obras e/ou serviços.
Em 2007 o grupo de edificações não-residenciais, ou seja, construções industriais, comerciais e outras, teve acréscimo 31,4%, alavancado pelo aumento em obras de edificações comerciais (shoppings, supermercados e lojas), de 143,2%; plantas industriais (para refinarias, siderúrgicas e indústria química), de 172,5%; e plantas para mineração, com alta de179,8%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar