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Amazonas inicia geração de energia com gás natural

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Com investimentos que totalizaram R$ 267 milhões, começa hoje a geração de energia elétrica com gás natural na região Norte. A substituição dos óleos combustíveis e diesel pelo gás natural resultará, segundo estimativa da Petrobras, em uma economia de R$ 1,3 bilhão/ano, uma vez que cessará a CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), encargo do setor elétrico para cobrir os custos de geração termelétrica com óleo combustível e diesel nas regiões que ainda estão fora do SIN (Sistema Interligado Nacional).
As UTEs (Usinas Termelétricas) Tambaqui e Jaraqui, localizadas em Manaus, e Manauara, no km 20 da AM-010, passam a integrar o parque termelétrico da Petrobras e, consequentemente, a operar com gás natural. A capacidade instalada das três usinas é de 256MW, sendo que a Tambaqui conta com 95 MW, a Jaraqui com 76 MW e a Manauara com 85MW.
As três usinas venceram o leilão realizado em 2004 pela Eletrobras Amazonas Energia, no ano seguinte assinaram contratos com a distribuidora para fornecimento de 60 MW médios de energia, cada uma, durante 20 anos a partir de 2006, totalizando 180 MW médios. Essa capacidade é o volume suficiente para suprir até 19% da demanda média da capital amazonense.
De acordo com a diretora do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Symone Christine de Santana, o terceiro trecho é a linha Tucurui, Macapá-Manaus. “Do ponto de vista da autorização de serviços, essa linha vai transformar o sistema elétrico de Manaus que passa a fazer parte do SIN, sendo que o trecho que será inaugurado hoje começa a partir da subestação de Oriximiná no Pará, depois passa pela subestação de Silves, já dentro do Amazonas, que vai interligar a subestação da capital”, explicou.
Para a geração de energia elétrica com gás natural foi construída em cada uma das usinas, Tambaqui e Jaraqui, uma nova planta com 23 motogeradores. A empresa General Eletric/Jenbacher forneceu os equipamentos e a Benco Energia S.A construiu as plantas. A Usina Termelétrica de Tambaqui, além dos motogeradores, conta ainda com um motor biocombustível de 19MW, para operação com gás natural. O investimento realizado na construção de cada planta foi de R$ 106 milhões com recursos próprios.
Segundo o gerente de Participações e Operações em Energia da Petrobras, José Alcides Santoro, os projetos vigentes têm como objetivo atender à demanda energética na região Amazônica, estimulando a instalação de novas indústrias, a geração de empregos e o desenvolvimento econômico regional, melhorando a qualidade do ar reduzindo em até 70% as emissões de Gás Carbônico (CO²) e Dióxido de Enxofre (N2O).

Processo de conversão

Ele disse ainda que o processo de conversão deve continuar. “Além das três termelétricas, nas quais a Petrobras tem participação no parque gerador de energia elétrica de Manaus, estão também incluídas no programa de conversão para gás natural as termelétricas de Mauá, com capacidade para 110MW; de Aparecida, com 152MW; Cristiano Rocha, com 85MW; e Ponta Negra, com 85MW, que somadas totalizam 688 MW de capacidade instalada”, salientou.
Santoro informou que uma vez concluído o processo de conversão para gás natural de todas as termelétricas, a participação dos óleos combustíveis e diesel na matriz elétrica de Manaus cairá de 87% para 39%, o gás natural, então, passará a contribuir com 48% dessa matriz, que tem 13% de sua geração de origem hidráulica.
As Usinas Termelétricas Tambaqui e Jaraqui pertencem à Breitener Energética S.A, sociedade formada pela Petrobras com 65% das ações, a Thermes Participações com 24%, a Enerconsult 5,5% e a Orteng com 5,5%. A Usina Termelétrica Manauara pertence à Companhia Energética Manauara, sociedade constituída pela Petrobras (40%) com a Termelétrica Potiguar (60%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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