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Amazonas estimula as pequenas criações de peixe

O Governo do Estado, por meio do Programa Zona Franca Verde, elegeu a psicultura como prioridade, visando gerar emprego e renda ao produtor familiar e aumentar a oferta de pescado ao mercado consumidor, uma vez que esta atividade vem sendo praticada desde o início dos anos de 1980 com o sistema de viveiro de barragem. A partir dos anos de 1990 foram introduzidos os viveiros escavados e, mais recentemente, as modalidades de tanque-rede e canal de igarapé.
O sistema de criação de peixe em canal de igarapé é uma atividade recente no Amazonas com poucos trabalhos de pesquisa realizados e colocados a disposição dos interessados. Para suprir a carência de informações sobre esta modalidade aliada à crescente demanda oriunda dos produtores, em 2004, o Serviço de Extensão Rural, por meio do Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas), implantou uma Unidade Demonstrativa no município de Manaus, onde os técnicos e produtores interessados passaram a fazer visitação e receberem orientações técnicas sobre esta nova alternativa de criação de peixe, onde os impactos ambientais são os mínimos possíveis.

Expansão do projeto

No decorrer dos anos subseqüentes, 2006, 2007 e 2008, o serviço de Ater, utilizando as Unidades Demonstrativas implantadas com recursos do Estado e de convênio com o MDA, realizou cursos para extensionistas e produtores, demonstrações de métodos, excursões e dias de campo que oportunizaram a divulgação desta alternativa de criação de peixes, que soma hoje uma área total inundada no Amazonas em torno de 141,7 mil metros quadrados, criando aproximadamente 2 milhões de matrinxãs e proporcionando uma renda bruta aos cerca de 700 agricultores familiares envolvidos com esta atividade de aproximadamente R$ 14 milhões por ano. É oportuno ressaltar que a estrutura para esta modalidade de criação de peixe proporciona uma produtividade média de 10kg/m² e é de baixo custo de implantação, sendo usado para tal material regional e ficando totalmente ao alcance dos agricultores familiares, o que pode auferir uma rentabilidade líquida de cerca de 40% do faturamento.
O desenvolvimento desta modalidade de cultivo no Estado do Amazonas propiciou vários debates realizados com entidades ligadas ao setor de pesquisa ambiental e produtores, os quais culminaram com a publicação de normas para o bom funcionamento do sistema, causando menor impacto possível ao meio ambiente. Dentre as exigências constantes nos normativos publicados até hoje há que se destacar: definição do tamanho dos módulos com volume d’água em torno de 100m³; vazão mínima de 15 l/s; distância entre módulos de três vezes o seu comprimento; largura máxima de quatro metros; canal de migração para as espécies nativas; e desmatamento mínimo na área do criatório.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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