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Amazonas em estado de emergência

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O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), assinou ontem decreto de situação de emergência na saúde pública do Amazonas. Com vigência de 120 dias, ele determina novas medidas adotadas pelo Governo do Estado para fortalecer o trabalho de prevenção e controle do novo coronavírus (Covid19), já iniciado no Amazonas. Em pronunciamento nas redes sociais, em que respondeu questionamentos dos jornalistas e outros internautas, ele anunciou a suspensão das aulas nas escolas da rede estadual de ensino da capital; além do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI). “Ficam suspensas as atividades letivas na capital por 15 dias. Conversei com o Luís Fabian, da Secretaria de Educação e Desporto do Amazonas, para que encontremos outra maneira de fazer com que essas aulas sejam ministradas para estes alunos, através, por exemplo, do nosso Centro de Mídias e também da TV Encontro das Águas. Essa determinação, tanto para as escolas quanto para o Cetam, UEA e FUnATI, recomendamos também às escolas particulares, que façam o mesmo”, sugeriu o governador. A suspensão nas escolas estaduais no interior não foi decretada, mas a situação será avaliada, conforme a necessidade.

As lições do coronavírus

No dia 2 de março de 2019, bem antes de se decretar a pandemia do novo coronavírus, os biólogos chineses Yi Fan e Peng Zhou, do Instituto de Virologia de Wuhan, publicaram um artigo científico que não teve grande impacto na comunidade acadêmica internacional, tampouco chamou a atenção da imprensa e de autoridades. Mesmo assim, há uma frase logo no primeiro parágrafo que hoje causa espanto pelo tom premonitório: “É altamente provável que surtos futuros de coronavírus se originem de morcegos, e há uma probabilidade maior de que isso ocorra na China”.

Nem o mais pessimista dos futurólogos poderia imaginar que, em menos de dez meses, a previsão se tornaria realidade com tamanha exatidão: a descoberta de um novo coronavírus, batizado de Sars-Cov-2, virou a preocupação mundial de 2020. As notícias começaram a brotar nas últimas semanas de 2019, quando médicos notificaram um aumento do número de crises respiratórias na cidade de Wuhan, na porção leste da China.

Poucos dias depois, já se sabia que o quadro misterioso era provocado por um tipo desconhecido de coronavírus, da mesma família de agentes que estiveram por trás das epidemias de Sars (sigla para síndrome aguda respiratória grave), em 2002, e Mers (síndrome respiratória do Oriente Médio), em 2012.

Embora a maioria dos infectados ainda esteja concentrada na China, as notificações já se estendem por mais de uma centena de países, e o Brasil superou o número de cem casos confirmados.

Apesar de os sintomas serem leves 85% das vezes, idosos e sujeitos com doenças crônicas, como asma e diabetes, estão mais vulneráveis a complicações e morte. Outro temor é a possibilidade de o vírus ser transmitido de pessoa para pessoa numa fase inicial, quando não há sintomas, o que dificultaria o controle. Diante de um contexto tão instável, que lições podemos tirar dessa história, inclusive para contornar uma ameaça que ainda não foi vencida?

A boa notícia é que as autoridades estão formulando respostas com uma rapidez nunca antes vista. A título de comparação, a aids despontou nos anos 1970 e o HIV, seu causador, foi descoberto em 1983. Mais recentemente, o zika tocou o terror no Brasil em 2016. Mas ele circulou anônimo por quase um ano e só chamou a atenção após o aumento nos casos de microcefalia em bebês.

Nessa linha, órgãos internacionais adotaram uma postura firme e enérgica: a Organização Mundial da Saúde logo decretou emergência pública internacional, o que incentivou as nações a criarem planos de contingência. Jornais científicos deram acesso livre e gratuito a todas as publicações com descobertas sobre o coronavírus. Governos de países ricos ajudaram os mais pobres nas medidas de precaução. Só vamos sair dessa por meio da cooperação e do trabalho em conjunto.

Prefeitura

A Prefeitura de Manaus adotou estratégias de prevenção ao novo coronavírus no trânsito e transporte urbano com a suspensão de eventos em vias interditadas e o reforço da higiene dentro dos ônibus. As ações serão intensificadas pelo Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) depois que o prefeito Arthur Virgílio Neto anunciou outras medidas para conter o avanço da doença na capital, incluindo a interrupção de aulas e de serviços de atendimento ao público.

Só um

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas descartou os quatro casos suspeitos do novo coronavírus (Covid-19) que ainda estavam sob investigação no Amazonas. Com isso, dos 15 casos investigados, apenas um foi confirmado desde que foram anunciados os primeiros casos suspeitos. Os outros 14 deram negativo, conforme os exames e, nas últimas 48 horas, não houve registro de novos casos suspeitos.

Adiado

O Governo do Amazonas decidiu pelo adiamento da quarta edição do programa Muda Manaus, que aconteceria no início de abril no Centro de Convivência Padre Pedro Vignola, no bairro Cidade Nova, na zona norte de Manaus. Nova data ainda será definida. A decisão atende determinação do governador Wilson Lima para que sejam adiados eventos, realizados pelo Estado, que reúnam grande número de pessoas. 

Suspensão

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa suspende, a partir de hoje, a programação dos espaços culturais administrados pela pasta. Os festivais Amazonas de Jazz, Amazonas de Ópera, assim como os Ensaios dos Bumbás foram adiados. A medida é preventiva e atende a recomendação do Ministério da Saúde e do Governo do Amazonas para impedir a propagação do coronavírus no Estado.

Fim do defeso

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas chama a atenção da população, principalmente pescadores, para o fim do período de defeso, que encerrou neste último domingo (15) para as seguintes espécies: Pirapitinga, Mapará, Sardinha, Pacu, Aruanã, Matrinxã, Caparari e Surubim.

Falsários

Na última quinta-feira (12), policiais civis do 4º Distrito Integrado de Polícia (DIP) deflagraram a operação “Coríntios”, no estado do Amapá, que culminou na prisão em flagrante de Suely Gomes Rodrigues, no cumprimento do mandado de prisão preventiva em nome de Cleverson Rodrigues dos Santos, 29, e no indiciamento de Antônio Gomes Coelho. Os três são investigados por comandarem um esquema no qual criavam perfis falsos em uma rede social para aplicar golpes, utilizando o nome do delegado Rafael Costa e Silva, titular do 4º DIP.

Virtual

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto realizou, ontem, uma reunião com pais e responsáveis pelos alunos do Anexo da Colégio Militar da Polícia Militar 8 para tratar da retomada das atividades da unidade em um novo prédio, situado no bairro Planalto, zona oeste da capital. Uma novidade chamou atenção: a reunião foi virtual, por meio do aplicativo Mano, via Centro de Mídias do Amazonas (Cemeam).

Receptação

As prisões por receptação de produtos roubados ou furtados, em Manaus, quadruplicaram ano passado, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública. Foram 326 prisões de indivíduos que adquiriram de terceiros bens que foram subtraídos de seus verdadeiros donos. Mesmo sem saber que a origem do produto era criminosa, quem compra esse tipo de mercadoria está sujeito às punições do Código Penal e pode pegar até quatro anos de reclusão.

Frases

“Está na hora de salvar vidas, de fazermos o desagradável, para não sermos atingidos pelo desastroso.” Arthur Virgílio Neto (PSDB), prefeito de Manaus

“São falsas as informações que tentam associar tais medidas à ‘folgas’ dos parlamentares e/ou servidores.” Josué Neto (PSD), presidente da Assembleia Legislativa

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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