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Amazonas é destaque em em fusões e aquisições no Norte

Andreia Leite

@andreiasleite_  @jcommercio

Pesquisa realizada pela KPMG com 43 setores da economia brasileira, apontou que o Estado do Amazonas teve destaque entre os demais Estados da região Norte no número de negócios fechados no primeiro semestre deste ano. Foram duas transações contra uma realizada nesses mesmos meses do ano passado. As duas operações de fusões e aquisições deste semestre foram domésticas (entre brasileiras) nos seguintes setores: companhias de internet e telecomunicação e mídia.

“Mesmo em um cenário ainda desafiador, as empresas do Amazonas conseguiram se manter atrativas para os investidores e se destacaram em setores estratégicos para as regiões Norte e Nordeste. A expectativa é de melhora contínua para os próximos períodos”, analisa o sócio de mercados regionais da KPMG, Paulo Ferezin.

Vale ressaltar que o Amazonas sofreu queda de 43% no número de fusões e aquisições entre empresas, no ano passado. Foram realizadas 4 transações em 2021, enquanto no anterior, foram 7 operações.  

Quando avaliou os dados na época, Paulo Ferezin,  sócio-líder de Clientes & Mercados para as regiões Norte e Nordeste  afirmou que o volume Brasil de transações em 2021 foi de 1.963, contra 1.117 em 2020, o que indica que o mercado brasileiro vem aquecendo. “Aqui devemos considerar que 52% das transações ocorridas no Brasil foram em companhias de internet e companhias de tecnologia da informação, segmentos que cresceram nos últimos anos e foram potencializados com a pandemia e aceleração da transformação digital e dos negócios. Neste sentido, se faz necessária esta avaliação, para entender quanto o Estado do Amazonas e demais Estados da região Norte estão investindo em empresas de tecnologia e internet, assim como na transformação digital e dos negócios”.

No cenário nacional de 2022, a KPMG informou que foram realizadas 1.014 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano, um aumento de mais de 25% se comparado com o mesmo período de 2021. Desses, 461 aconteceram de abril a junho. Esse total representa mais de 50% dos negócios concretizados em todo o ano passado (1.963), quando havia sido registrado um recorde anual das últimas duas décadas.

“Observamos que houve um aumento no movimento de compra e venda de empresas no Brasil nos dois trimestres deste ano em relação aos mesmos períodos de 2021, o que ainda sinaliza um ano forte. Entretanto, o segundo trimestre registrou queda de quase 17% em relação ao primeiro, muito em função da redução de transações do setor de transformação digital (companhias de internet) que, apesar da queda, ainda apresentou números fortes. Sendo assim, apesar da boa perspectiva para este ano, se mantida essa tendência de desaceleração, estaremos um pouco mais longe de ultrapassar o recorde registrado em 2021. Importante aguardar o resultado do terceiro trimestre para termos uma visão melhor deste cenário”, analisa o sócio da KPMG, Luís Motta.

Com relação aos setores que mais realizaram operações nos primeiros seis meses deste ano, no país, além das instituições financeiras, os destaques foram as companhias de internet, que lideraram com 410 transações, e tecnologia da informação, com 180.

Outros números

Segundo o levantamento, de janeiro a dezembro de 2021, o número de operações na região corresponde a 0,88% do total das 1931 negociações envolvendo Unidades Federativas do Brasil realizadas em todo o ano passado. Foram realizadas 17 transações na região Norte, o que corresponde a um aumento de 21,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 14 transações. 

“Quanto às fusões e aquisições, a região Norte segue se desenvolvendo e o seu crescimento deve alavancar o futuro, principalmente quando olhamos os números individuais do Pará e de outros Estados que saíram do zero em 2020 para uma ou mais transações em 2021. O potencial para o progresso existe, bem como a melhoria do ambiente de negócios”, ressaltou Paulo Ferezin.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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