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Amazonas bem colocado em inovação, segundo ranking da Fiec

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O Amazonas ocupa o 9º lugar entre os 27 Estados brasileiros em termos de inovação e figura ainda em primeiro na Região Norte nesse quesito, segundo aponta o Índice Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará) na edição de 2019 da publicação. Sobre ações de investimento público em ciência e tecnologia, o Estado detém a 5ª posição, seguido de inserção de mestres e doutores na indústria (6º) e 5º em produção científica para a indústria.

Na questão de competitividade global em setores tecnológicos, o Amazonas detém o 3º lugar e lidera na intensidade tecnológica na estrutura produtiva, além de estar em 13º em qualidade de pós-graduação, 21º em propriedade intelectual na indústria e 25º em infraestrutura de telecomunicações.

Segundo a edição 2019, São Paulo é o Estado mais inovador do Brasil. É lá que está concentrado o maior potencial industrial do País, cuja produção representa a maior fatia do que é produzido no País e também do que é exportado.

O Fiec atribui ao bom desempenho do Amazonas no ranking geral nacional em relação às demais regiões do País à grandiosa estrutura tecnológica e inovadora do PIM (Polo Industrial de Manaus), que concentra hoje pelo menos 500 indústrias no Amazonas. “É uma produção altamente diversificada e sofisticada. Bem merecida e reconhecida a posição da Zona Franca”, avalia o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo.  

Segundo Azevedo, o índice reflete  que a ZFM é importante para o desenvolvimento regional e também de todo o Brasil. “Estamos sempre atualizando os nossos produtos e a nossa mão de obra. As instituições de ensino estabelecem parcerias efetivas para acompanharmos o desenvolvimento tecnológico, o que obriga o PIM a investir constantemente em inovações”, acrescenta o dirigente empresarial. “Nunca estivemos à margem do progresso. Ao contrário, estamos sempre juntos e atualizados”.

O índice avalia anualmente aspectos de inovação dos 27 Estados brasileiros e das cinco regiões do País. E está dividido em duas áreas – capacidades e resultados. Em outras palavras, a publicação faz um raio-x de como cada Estado brasileiro se posiciona em diferentes níveis do processo inovador.

Para o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Perico, os dados mostram que a ZFM é um modelo de sucesso e contribui “enormente” para o crescimento do  País. “Os números falam por si só”, diz o empresário. Ele defende, porém, uma nova matriz econômica com aproveitamento dos recursos da biodiversidade e do grande potencial de minérios na região. “Esse novo polo teria uma atuação conjunta com as indústrias do PIM”, explica ele. “Sem dúvida, teríamos condições de crescer mais e alavancar a economia”.

O economista e consultor Ailson Rezende avalia que a ZFM é uma indústria bem-sucedida que, segundo ele, chega a repassar anualmente aos cofres federais mais de R$ 10 bilhões em arrecadação, apesar da renúncia fiscal. “É uma atividade promissora que agrega alta evolução tecnológica em seus produtos”, afirma o especialista.   

Outros Estados

O Pará é o 20º colocado no ranking geral dos Estados, com destaque negativo para a 24ª posição na Infraestrutura de Telecomunicações e 24º no indicador de Competitividade Global em Setores Tecnológicos, aponta o Índice Fiec.

Paraná e Distrito Federal detêm o segundo e terceiro lugares no ranking do Fiec 2019, respectivamente. Com posição intermediária, o Ceará, onde é elaborado o índice, ocupa a 16ª posição e é o 5º do Nordeste. E o Maranhão desponta no último lugar na pesquisa da Fiec.

Santa Catarina é o 6º colocado, mas se destaca na 3ª posição no índice de resultados.  O Rio de Janeiro está em 4º lugar, detendo a melhor qualidade na pós-graduação e formação de mestres e doutores. A Paraíba é a 2ª melhor colocada entre os Estados do Nordeste no ranking geral, ocupando a 12ª posição. E Pernambuco aparece em 8º lugar no ranking geral e em 1º na Região Nordeste.

O Rio Grande do Norte é o 4º colocado no  Nordeste e detém a 14ª posição no ranking geral. A Bahia aparece em 17º lugar no ranking dos Estados e 6ª entre os Estados do Nordeste, acima apenas do Piauí, Alagoas e Maranhão.

Em termos de regiões, o Sul aparece como o mais inovador do Brasil, com os três Estados da região aparecendo entre os seis primeiros colocados do ranking geral.  O Norte é o menos inovador, estando os Estados de Roraima e Rondônia em 25º colocado e 26º colocado, respectivamente.

A Região Sudeste, apesar de ter São Paulo como o líder do ranking dos Estados, aparece como a 2ª colocada. Isso se deve principalmente aos resultados do Espírito Santo (11º no ranking dos Estados). A última posição do Rio de Janeiro no indicador de Investimento Público em Ciência e Tecnologia também explica a segunda posição do Sudeste.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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