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Amazonas acredita em um 2012 mais aquecido

O ano de 2011 foi difícil para a construção civil no Amazonas. Vários empreendimentos da capital tiveram que parar por conta de insatisfações nos canteiros de obras. Os empresários do setor reclamam dos problemas de logísticas para aquisição de insumos. Houve conflito para se chegar ao reajuste de 8,6% no salário dos funcionários da categoria e um crescimento abaixo do que foi registrado em 2010, apenas 4,8%. Mas, apesar da ‘maré’ ruim para a indústria da construção civil no Amazonas ainda cogita-se uma expansão de 6% para o setor nesse ano. A avaliação é do presidente do Sinduscon-Am (Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Amazonas), Eduardo Lopes, que acredita em dias melhores para os meses que estão por vir.
O crescimento de 6% representa um aumento acima do esperado para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2012. De acordo com Lopes, as obras de infraestrutura nas cidades sedes de jogos olímpicos e da copa do mundo irão contribuir para se chegar à estimativa planejada pelos empresários do setor. Para alcançar a porcentagem esperada, a construção civil continua a apostar forte nos imóveis populares até 2014, mais de dois milhões de unidades ainda deverão ser construídas em todo o país. Em Manaus, as construções para esse tipo de imóvel ficarão concentradas em bairros da Zona Norte. “Os bairros da Zona Norte possuem ainda áreas significativas em termos de metros quadrados, sobretudo para os imóveis populares. Santa Etelvina é um dos locais mais promissores para se construir”, explica Lopes. Apesar da perspectiva animadora para 2012 por parte do Sinduscon-Am, há quem não seja tão positivo em relação ao desempenho do setor. Para o diretor da Platinum Construções, Ricardo Benzecry o principal impacto negativo poderá vir nas vendas de novos imóveis. “Não vejo um 2012 muito otimista. Acredito na diminuição na venda de imóveis. Haverá também uma queda nos novos lançamentos. Embora o ritmo de vendas tenha sido bom no Estado, já se nota uma desaceleração em comparação aos anos anteriores”, comentou Benzecry. O aumento de 30% nos ganhos salariais dos funcionários na empresa que Benzecry atua, foi um dos principais motivos de preocupação dos dirigentes. Segundo ele, apesar do reajuste ter sido benéfico para os empregados, a iniciativa comprometeu orçamentos de projetos que já haviam sido aprovados, refletindo na rentabilidade do que foi planejado.

Qualificação

Outro fator que vem contribuindo para os resultados mornos da indústria da construção civil no Amazonas é um velho problema, que persiste em praticamente todos os canteiros de obras: faltam pessoas com conhecimentos específicos em determinadas áreas. O setor, que emprega cerca de 50 mil trabalhadores formais, possui poucos profissionais qualificados, tanto de nível superior quanto técnico. Para contornar esse problema, algumas empresas apostam nas novas tecnologias como forma de depender menos da mão de obra humana. Mas, apesar dos avanços tecnológicos, há postos de trabalhos que não podem ser substituídos por máquinas. “Hoje em dia o mercado de engenharia civil está bastante valorizado. Há uma disputa muito grande entre as próprias empresas por profissionais. A mão de obra especializada em nível superior esta cada vez mais necessária”, disse Lopes.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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