O Amazonas troca experiências com Acre e Roraima no setor primário. O intercâmbio acontece através de um evento que será realizado até esta sexta-feira (18) na sede do sistema Sepror (Secretaria de Estado de Produção Rural), na zona sul de Manaus.
O objetivo é mostrar o potencial das cadeias produtivas dos três Estados vizinhos, viabilizando políticas públicas que incrementem as atividades do agronegócio. Participam das discussões Emerson Baú, secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Roraima; Edivan Azevedo, secretário de Produção e Agronegócio do Acre, e ainda o diretor-presidente da Agência de Fomento do Estado de Roraima, Adailton Fernandes.
Segundo o secretário da Sepror, Petrúcio Magalhães, promover novas parcerias é importante para a interiorização do desenvolvimento agropecuário. Ele recebeu a comitiva de secretários interessados em estreitar laços para incrementar a produção.
“Esse é o momento para trocarmos experiências e encontrar soluções para os problemas do setor primário. Essas oportunidades são únicas e enriquecedoras, porque é através do diálogo, do aprendizado, da troca de conhecimentos e políticas públicas para o segmento que conseguimos interiorizar o desenvolvimento das atividades e criar novas matrizes econômicas para o Estado”, ressaltou ele durante o encontro, ontem, com os gestores.
Os três Estados já desenvolvem uma parceria em ações de fiscalização de trânsito agropecuário interestadual. E ainda cumprem medidas do Pnefa (Programas Nacionais de Vigilância para Febre Aftosa) e do Pnemc (Erradicação da Mosca-da-Carambola), envolvendo fiscais agropecuários, médicos veterinários e engenheiros agrônomos da Adaf (Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas), do Idaf-AC (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Acre) e da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima).
Segurança alimentar
De acordo com o diretor-presidente do Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas), Valdenor Cardoso, projetos prioritários de cadeias produtivas como o café, açaí, grãos, pirarucu e outros já iniciados no Amazonas colaboram com a segurança alimentar e economia do Estado, além de ações voltadas para as questões agroambientais.
O diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo, destacou a parceria do Amazonas com Acre e Roraima. “São medidas que fortalecem cada vez mais as atividades do setor primário”, disse ele.
Na parte de comercialização, o diretor-presidente da ADS (Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas), Sérgio Litaiff Filho, lembrou a interiorização dos programas executados em prol do produtor rural. O órgão atua no apoio à comercialização de produtos da agricultura familiar e no fomento das ações de dinamização das cadeias produtivas no agronegócio. “São medidas oportunas para movimentar novos investimentos, viabilizando mais empregos e renda aos produtores”, afirmou.
Para o secretário da Seapa/Roraima, Emerson Carlos Baú, essa sinergia entre os Estados é de grande importância para o setor rural. “Em Roraima, nós lançamos o primeiro plano de Estado ‘Roraima 2030’ e vamos apresentar também o primeiro plano agrícola, que vai trabalhar 14 cadeias produtivas, entres elas a do cacau. E queremos saber as experiências com a cultura no Amazonas”, destacou durante o encontro na Sepror.
O secretário de Produção e Agronegócio do Acre, Edivan Azevedo, informou que o Estado tem grande incentivo na economia florestal e está trabalhando um sistema de desinibição agropecuária, que até 2018 não tinha a soja e nem o milho em escala comercial do agro. “Agora em 2021, por exemplo, vamos colher cerca de 600 mil sacas de soja de uma área de 10 mil hectares e colher da agricultura comercial cerca de 20 mil hectares de milho”, salientou,
A comitiva também visitou a fazenda Santa Rosa, em Iranduba, que é uma propriedade modelo nas atividades de piscicultura e fruticultura. E ainda, a sede da Afeam (Agência de Fomento do Amazonas) para apresentar aos visitantes alguns dos programas desenvolvidos no Amazonas como o Pró-Mecanização e o Pró-Calcário.
O diretor-presidente da Agência de Fomento de Roraima, Adailton Fernandes, falou da importância de integrar as cadeias produtivas que possam desenvolver o Estado de Roraima como também a Amazônia através do crédito rural.
“Estamos avançando nas melhorias, no sistema operacional, na aplicação do crédito, assim como na regularização fundiária e ambiental. Vamos verificar como as instituições têm trabalhado aqui para também aplicarmos no nosso estado”, ressaltou.
