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AM tem produção insuficiente de milho

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Desorganização e falta de informação do agricultor familiar local são apontados como os principais motivos que contribuem para a dependência de produtos agrícolas provenientes de outros Estados brasileiros. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) no Amazonas, o cultivo de milho, arroz e feijão não têm sido suficiente para abastecer a demanda do Estado, mesmo diante de alguns investimentos governamentais realizados.
Na avaliação do superintendente da Conab, Thomaz Meirelles, os produtores do Estado estão dispersos, precisando urgentemente se unirem em associações de classe. Apesar da disposição de recursos e incentivos, o executivo disse que esse oferecimento de benefícios não chega ao conhecimento de todos os agricultores. “O governo precisa intensificar a difusão dos projetos que visam o desenvolvimento da agricultura como um todo”, assegurou.
Somente neste ano o Amazonas já adquiriu do Mato Grosso 21, 3 milhões de toneladas de milho comprado por produtores rurais para utilizar como ração animal, alimentando criações de peixes, aves, suínos, entre outros animais.
Se considerado o valor quilo/milho em R$0,31 o Estado comprou o equivalente a R$ 6,6 milhões. Desde 2001, o Amazonas já obteve mais de 109 mil toneladas de milho em grão.
O secretário da Sepror (Secretaria do Estado de Produção Agropecuária, Pesca e Desenvolvimento Rural Integrado), Eron Bezerra, confirmou a grande aquisição de milho em grão de outras regiões, decorrente, segundo ele, da baixa produtividade de milho no Amazonas.
Somando as safras do grão de todos os municípios amazonenses, que é comprada pelo governo estadual, o resultado atinge 42 mil toneladas anualmente, portanto, insuficiente para atender a demanda do Estado superior a 60 mil toneladas. O secretário da secretaria de produção rural comentou que as produções de arroz e feijão também ainda são irrelevantes.
“São produzidos anualmente no Amazonas 17 mil toneladas de arroz, enquanto que o consumo é de 48 mil toneladas. A produção do feijão também não consegue suprir nossas necessidades. Embora sejam consumidas 26 mil toneladas no Estado, são produzidos apenas 4,5 mil toneladas do grão”, informou Bezerra.
Segundo Thomaz Meirelles, o governo estadual desenvolve ações importantes que incentivam a produção rural, como, por exemplo, a distribuição de sementes, porém, é preciso canalizar mais recursos. “Nós possuímos condições de aumentar a produção no Estado e deixar de importar. É uma decisão de governo”, afirmou o dirigente.

Ranços políticos

Eron Bezerra avaliou que a atual deficiência do primeiro setor se deve à gestão governamental de Amazonino Mendes, no período de 1995 a 2002. “O ex-governador destruiu a Sepror. O fato do Amazonas não conseguir produzir nem para comer, é culpa dele. A secretaria teve que ser reconstruída em 2003, quando o atual governado assumiu. Na época, a secretária tinha 29 escritórios de assistência rural e hoje possui 66. Atualmente, a Sepror tem receita de investimentos de R$ 2 bilhões”, informou.

Meta é implantar fundos de aval e de implementos

Eron Bezerra afirmou que a expectativa é melhorar a situação da agricultura amazonense com a implantação dos fundos de aval e de implementos
No primeiro caso, o governo do Estado será o fiador do agricultor que procurar financiamento nas agências bancárias. Já o fundo de investimentos permitirá ao trabalhador ter acesso a equipamentos ou insumos com pagamento em longo prazo e sem juros. Os fundos foram anunciados no dia 30 de agosto durante o I Encontro de Trabalhadores da Agricultura Familiar, na Ufam (Universidade Federal do Amazonas).
Thomaz Meirelles incentiva a criação de mais plantações. Segundo ele, o aumento de áreas plantadas não prejudicará o meio ambiente, pois propõe a utilização de campos já desmatados.

Área desmatada

“Para produzir alimento a toda população do Amazonas seria necessário utilizar apenas 40% do que já foi desmatado”, analisou o superinten

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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