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Alunos abandonam cursos on-line por falta de tempo para estudar

Mais de 50% dos alunos virtuais não concluem curso a distância. Levantamento realizado com não iniciantes e desistentes das turmas do INPG (Iniciando um Pequeno Grande Negócio) 2008 revela que em 70% dos casos a interrupção dos estudos é justificada pela dificuldade em conciliar tarefas cotidianas à rotina educacional
Identificar as principais razões que levam o estudante a abandonar um curso a distância foi o objetivo de um estudo realizado pelo IEA (Instituto de Estudos Avançados) em parceria com o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) junto às turmas do INPG, destinado a apoiar o desenvolvimento de iniciativas empreendedoras. O IPGN contou com um total de 60.627 inscritos no ano passado, sendo que 55% deles não concluíram o curso. A pesquisa teve a participação voluntária de 7,4 mil pessoas, entre elas 5.734 alunos desistentes e outros 1.666 que efetuaram a inscrição, mas não chegaram a acompanhar quaisquer aulas.
A partir dos dados coletados em um site criado especificamente para o levantamento, os especialistas do IEA e do Sebrae identificaram que o principal motivo para a não continuidade dos estudos on-line foram problemas pessoais como falta de tempo, questões de saúde e financeiras, razões alegadas por pouco mais de 70% dos entrevistados. Do total de pesquisados, 20% também afirmaram que outros motivos os levaram à desistência, entre os quais a falta de acesso à internet e ao computador.
Levando-se em conta apenas os alunos que participaram do curso parcialmente, pouco mais de 40% do total de inscritos, as questões pessoais serviram de fator decisivo para a não conclusão dos estudos em 77% dos casos pesquisados. Já a falta de acessibilidade ao meio digital e as dificuldades para manter uma rotina de estudos aparecem entre os motivos apontados por quase a totalidade restante.
De acordo com a diretora superintendente do IEA, Rita Guarezi, a falta de organização na administração do tempo é de fato o grande complicador que impede a conclusão dos estudos a distância. Ela destaca que isso se deve à dificuldade encontrada pela maioria dos alunos em reservar algumas horas para a educação em meio ao desgaste diário causado pela rotina de trabalho e demais afazeres.
“Os profissionais hoje vivem um momento de estudo e trabalho simultâneos, além do modo de vida corrido que levam. Quando vêem a possibilidade de um curso pela internet, lhes parece mais fácil conciliar. Realmente é mesmo mais flexível em relação ao local e horário de estudo, porém é necessário mais tempo de dedicação, uma vez que praticamente toda gestão da aprendizagem nesta modalidade fica por conta do aluno”, afirmou.
Segundo ela, a pesquisa tem por objetivo auxiliar as instituições que oferecem educação a distância de qualidade a identificar melhor o perfil dos alunos que não terminam o curso, possibilitando dessa forma a criação de subsídios que, aliados à excelência no conteúdo, metodologia de estudo, funcionalidade do sistema e equipe de atendimento e orientação aos estudantes, garantam um índice de participação e conclusão positiva.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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