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Altas temperaturas aquecem comércio

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Produtos e serviços que minimizem os efeitos do calor são bem procurados em Manaus

Ganhar dinheiro com as altas temperaturas registradas em Manaus é algo comum e com o calor das últimas semanas se aproximando de pontos críticos, alguns segmentos disparam em vendas e prestação de serviços. De vendas em sinais de trânsito a climatização de ambientes, qualquer empreendimento que venha minimizar a sensação térmica tem gerado renda e trabalho a mais.

Nas ruas
Vendendo uma média de 10 fardos de 12 unidades de água mineral por dia em um semáforo do bairro do Aleixo, o ambulante Geovan dos Santos tem garantido a ajuda no orçamento familiar e ocupação em época de desemprego. “A concorrência aumentou muito junto com o calor, mas consigo recuperar o investido, vendo cada garrafa de 350 ml a R$ 1, quase o dobro do que pago nas distribuidoras de bebidas”, afirma o vendedor que precisa disputar clientes nos sinais com mais de uma dúzia de vendedores. Se as pequenas garrafas ‘vendem como água’ e dão lucro, os revendedores de garrafões de 20 litros não têm muito a comemorar. O produto tem saído das envasadoras com preços que flutuam entre R$ 4 e R$ 4,50 e a pequena margem de lucro faz com que os comerciantes diversifiquem as vendas, conta o funcionário da Comercial Santa Clara, Nilton Guerreiro. “Temos vendido bem nas últimas semanas, mas o ganho é pouco, quase nada e dividimos as vendas em água, refrigerantes e cervejas. Na fábrica o garrafão sai a R$ 4,50 e nosso preço final é de R$ 5. Lucro mesmo, só nas entregas a domicílio, quando a taxa eleva o preço a R$ 7, dependendo da distância,” ressalta o vendedor.

Gelados
Figura que faz parte da paisagem urbana manauara, ser picolezeiro é outra atividade que encontra mercado garantido e bons preços, para vendedores e consumidores. O vendedor de picolés Tiago Monteiro em cada viagem que faz até a pequena fábrica de picolés no centro da cidade é abastecido com 100 unidades de vários sabores. “São três caixas por dia e nas últimas semanas tenho que vir algumas outras vezes abastecer. O investimento é barato e tenho retorno, cada picolé é comprado a R$ 0,40 e vendido a R$ 1” comenta. O trabalho a mais de Tiago também é benéfico aos segmentos concorrentes, explica. “Temos dias bons de vendas, como os de pagamento. Mas nas últimas semanas não podemos reclamar do trabalho a mais, é dinheiro a mais no bolso. E como o calor afeta a todos, quando tenho sede não posso chupar os picolés. A saída é procurar comprar água ou refrigerantes de outros colegas que trabalham nas ruas”, fecha.

Climatização de ambientes
Há 10 anos trabalhando com instalação, manutenção, limpeza e conserto de condicionadores de ar, a microempresa Frio Cruz Ar-condicionados comemora o bom momento nos negócios, explica o proprietário Alonso Nascimento. “Praticamente dobraram as chamadas para manutenção em ar-condiconado. Muitos reclamam de não poderem comprar novos aparelhos. A ideia é fazer com que o que se tem funcione por mais tempo e bem”, conclui Nascimento.
Combater o forte calor amazônico com produtos que usam da nanotecnologia é a estratégia da NanoDry Tech para se manter no mercado atuando com a redução de calor em ambientes fabris e residenciais. A empresa existe há pouco mais de um ano, fundada pelos sócios Marcelo Silva e Lenno Nascimento e a procura pelos serviços e produtos inovadores tem se mostrado satisfatória, os primeiros contatos agora passaram a ser aplicações efetivas dos produtos, principalmente nos últimos meses.
A aposta dos sócios em trazer a Manaus os produtos, veio após pesquisas de mercado e alguns ajustes respeitando a realidade da região, tendo como principais alvos as empresas do PIM (Polo Industrial de Manaus), conta o sócio e diretor comercial da NanoDry Tech, Marcelo Silva.
“Essa é uma área que sempre pediu soluções para os gastos com energia elétrica destinada a refrigeração de ambientes. Mas não pensamos só na redução da tarifa de energia. Existe ainda o fator de bem-estar para os funcionários, que agora podem ter um melhor ambiente de trabalho, sem as altas temperaturas”, disse Silva, lembrando que os custos com insalubridade geram ao empregador um adicional de 20%, quando as temperaturas ultrapassam os 27 graus.

Artur Mamede
[email protected]

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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