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Alta da taxa de juros aumenta preocupação dos lojistas

Com a Selic (taxa básica de juros) cada vez maior (hoje, em 12,5% ao ano), aumenta também a preocupação com o crescimento do índice de inadimplência do consumidor. Até o final de junho, o Amazonas registrou índice de 3,5% no varejo, com 3.556 pessoas na lista do SPC. Apreensivas, entidades do varejo destacam ações para evitar calotes.
“A primeira medida é encorajar os lojistas para que façam uma consulta antes da venda, para todos os clientes. Essa prática serve para dar segurança na venda e evitar futuros calotes”, destacou o presidente da FCDL/AM (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Amazonas), Ralph Assayag.
Outra ação, segundo ele, é a redução do prazo para registrar inadimplentes. Atualmente, muitos estabelecimentos aguardam até 90 dias antes de colocar o consumidor na lista do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). “Recomendamos a redução desse prazo. Quem espera 90, sugerimos que reduza para 60, por exemplo. Quanto mais rápido o consumidor for considerado inadimplente, mais rápido ele se esforça em regularizar a situação, e consequentemente, o comerciante recebe o pagamento”, explicou.
Além disso, conforme o dirigente, a entidade vai realizar entre outubro e novembro mais uma edição da campanha que prevê a quitação de débitos de consumidores no SPC, com juros baixos ou até mesmo isenção.
Segundo Assayag, essas medidas são fundamentais. “Sobretudo porque agora, com o recebimento da 1ª parcela do 13º salário, esperamos que os consumidores direcionem pelo menos 50% do valor recebido para o pagamento de dívidas”, frisou.

Solução é renegociar

De acordo com o presidente da FCDL/AM, a melhor solução é o consumidor procurar a loja para renegociar prazos e valores. “Assim, ele paga juros muito menores e não tem despesas com cartório, situações enfrentadas pelo inadimplente depois que o seu nome vai para o cadastro do SPC”, detalhou.
Para evitar ir para o cadastro do órgão, o presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Gaitano Antonnacio, aconselha o consumidor a escolher o mínimo possível de parcelas na compra a prazo, visando diminuir os juros sobre o valor final do produto.
“A orientação que nós damos é que, atento à situação atual da economia, o consumidor tenha cuidado nas próximas negociações, até que os índices de inflação cedam. O número atual não é alarmante, mas exige cautela daqui pra frente”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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