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Alimentos saudáveis lotam prateleiras

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Cresce a produção de alimentos sem glúten, lactose, açúcar e conservantes

Enquanto a comercialização de alimentos e bebidas tradicionais cresceram 67% nos últimos cinco anos, as vendas das chamadas saudáveis aumentaram no mesmo período 98%. São considerados saudáveis aqueles produtos que trazem pouca ou nenhuma quantidade de açúcar, sal, sódio e gordura, e maiores de fibras, vitaminas e nutrientes.
O Brasil lidera hoje o crescimento deste segmento na América Latina, que, sozinho, representa US$ 45 bilhões, ou 17% do mercado mundial de alimentos e bebidas com essas características..
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o mercado brasileiro de produtos industrializados orgânicos, ou seja, produzidos com ingredientes que não tiveram contato com adubos químicos, além de outras características, como o uso de sementes que não são geneticamente modificadas, cresce 25% ao ano desde 2009. A média mundial é de apenas 6%, segundo a consultoria Euromonitor.
Mesmo com toda a grandiosidade que esses dados apresentam, trata-se ainda de um setor fragmentado, formado por empresas de médio e pequeno porte, mas que crescem rapidamente. É o caso da Vitalin Alimentos, que se prepara para entrar no mercado norte-americano -fabricante de quinoa, amaranto, chia, linhaça, açúcar mascavo, cookies, granola, gergelim, farinhas e fibra de maracujá, distribuídas em três linhas –orgânicos, integrais e sem glúten.
Pioneira ao trazer o amaranto orgânico para o Brasil, a Vitalin entrou no mercado em 2000, e acumula resultados positivos. O crescimento de 20% em 2014 triplicou a área produtiva da fábrica, que está prestes a lançar três sabores de biscoitos salgados sem glúten, além da quinoa integral tricolor. A expectativa para 2015 é crescer 54%, de acordo com Alline Schuncke, nutricionista e analista de marketing da marca.
Há 14 anos no mercado, Alline garante que a marca ainda tem muito a explorar no segmento. “Analisamos o mercado interno e externo para o desenvolvimento de novos produtos. Mas o maior desafio para os produtos saudáveis ainda esbarra na informação. A dificuldade de comprovar e informar para o consumidor os benefícios de um produto seja por legislação ou por falta de conhecimento, é grande no Brasil.”
O mercado saudável salvou a La Pianezza da ruína. Embalada pela onda gourmet, a empresa investiu R$ 1,5 milhão em uma linha de pastas e molhos sofisticados, mas não resistiu à concorrência. Foi nesse momento que Cleonildo Xavier de Moraes Neto, 28 anos, sócio-diretor da La Pianezza, entrou na história.
Neto era fabricante de biomassa de banana verde e, ao se tornar sócio do negócio, mudou o posicionamento da marca, em 2013. “O gourmet já não era mais atraente. Ao mesmo tempo observava o mercado saudável em expansão. A La Pianezza já tinha uma estrutura de fábrica muito boa. Colocamos a biomassa nos produtos que já existiam e os tornamos saudáveis”, diz.
A reformulação da empresa levou três meses e rendeu um faturamento inicial de R$ 2 mil – resultado de uma produção de 600 potes de molho. Hoje, com uma fábrica em Santo André, na Grande São Paulo, outra em Itariri, no interior de São Paulo e um galpão em Diadema, o faturamento mensal da empresa gira em torno de R$ 500 mil, com média de crescimento de 35% ao mês. A produção atual da empresa chega a duas toneladas mensais, com capacidade mensal de produção de 6 toneladas.
Os cinco sabores de pastas gourmet -sardela, nozes, castanha de caju, alcachofra e tomate jalapenõ -são elaborados com biomassa de banana verde, que atribui aos produtos maior teor de fibras. A marca também comercializa outros três sabores de molhos de tomate com biomassa, temperos sem sódio e a própria biomassa, carro-chefe da empresa.
Fornecedora de mais de 600 distribuidoras, a La Pianezza se prepara para entrar em grandes redes, como os supermercados Pão de Açúcar e Walmart, e para exportar para a Europa e Estados Unidos. “O nicho de distribuição acabou, só nos resta chegar a maiores redes. Mas não podemos ficar parados, além de exportar queremos lançar a cada semestre um produto novo”, diz. Produzir doces menos calóricos também está entre os projetos programados para este ano. Chamado de Cacau Fit, o chocolate da marca é a aposta deste semestre. Com 70% menos gordura, 60% menos calorias, sem glúten, lactose e açúcar, o produto será lançado em três versões: amargo, avelã e coco, e promete ser muito fiel ao sabor original. “Provei 15 marcas diferentes, e nenhuma tinha a textura e o paladar que buscávamos. Mas a biomassa o deixou muito leve e com um sabor que não é oferecido no mercado.”
Para Neto, a alimentação saudável não configura um modismo, e sim uma mudança permanente nos hábitos de consumo. “A cada nova pesquisa o brasileiro se mostra ainda mais preocupado e dedicado ao bem-estar. Hoje, o mercado saudável oferece tantas opções saborosas, que fica cômodo transformar isso em um estilo de vida”, diz.
De olho nesse mercado, a Itgreen Foods produz sucos frescos e naturais, elaborados a partir de frutas e vegetais, sem açúcar e conservantes. Prensados a frio – tecnologia que preserva de três a cinco vezes mais os nutrientes, os sucos permanecem frescos por até três dias na geladeira ou congelado por até seis meses.
“Nosso foco são os sucos, pois fornecemos uma maneira conveniente e natural de alimentar o corpo com os nutrientes vitais para a manutenção da saúde e cuidado com o corpo”, diz Renata Assaly, diretora da marca. “Se a pessoa leva uma vida corrida e cheia de compromissos, e não sabe como conciliar isso com uma vida mais saudável, vai se surpreender com o quanto poderá se beneficiar de nossos produtos, consumindo frutas e verduras através dos sucos.”

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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