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Alimentando pessoas e o faturamento dos shoppings

São mais de 340 shoppings centers em todo o país, os quais recebem mensalmente cerca de 200 milhões de pessoas. O crescimento desse setor, nascido no Brasil em 1966, tem significado expressivo para a economia brasileira.
Em 2006, a atividade gerou cerca de 525 mil empregos diretos e registrou faturamento superior a R$ 44 bilhões. O valor é aproximadamente 10% maior do que no ano anterior, quando as vendas representaram 18% do volume de todo o varejo nacional, excluídos os setores automotivo e de derivados de petróleo.
O aquecimento do setor estimulou a expansão da rede física desses empreendimentos em todo o país. De acordo com dados da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), na comparação 2005-2006, o número de centros no Brasil cresceu aproximadamente 31%. Além dos 263 já existentes, foram abertos 70 novos espaços comerciais desse tipo.
Essa expansão corrobora a vocação de criar facilidades para o consumidor e agregar compras, serviços, lazer, gastronomia e segurança. Uma dessas vertentes são as praças de alimentação, invariavelmente lotadas. Elas tornam-se cada vez mais essenciais para os freqüentadores, à medida que propiciam conforto e praticidade a quem está passeando ou fazendo compras e também às pessoas que trabalham no próprio centro ou no entorno.

O significado das praças de alimentação também se expressa nas estatísticas de faturamento dos shoppings. Estudo do IPDM (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Mercado) perante a Abrasce, em 2006, constatou que 55% dos clientes que vão ao cinema no shopping, também freqüentam a praça de alimentação. Das seis capitais incluídas no trabalho – São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte, as duas últimas são as que têm o maior custo médio com a alimentação, cerca de R$ 17 por pessoa. E os restaurantes dos shoppings da capital paulista são os mais freqüentados, com 41% dos consumidores. Além dessas informações, a pesquisa apurou que o grupo que mais consome alimentos nos shoppings, sem motivação como o cinema ou compras, tem idade entre 30 e 44 anos.
No Brasil, ainda segundo a Abrasce, 23 novos shoppings serão inaugurados até 2009, totalizando investimento de quase R$ 4 bilhões e cerca de 336.548 de ABL (Área Bruta Locável).

Em 2007, estarão em funcionamento dois shoppings em Santa Catarina (Florianópolis e Camboriú), um em Salvador, um em Santa Maria (RS), um em Juiz de Fora (MG) e dois no Rio de Janeiro, além de cinco em São Paulo (sendo um deles no interior). Em 2008, está programada a abertura de centros comerciais em Itapecerica e Valinhos (SP), Curitiba (PR) e o Shopping Metrô Tucuruvi, na capital paulista. Ou seja, mais 75.159 de ABL estimada.
Mas há projetos para as regiões Norte e Centro-Oeste – as com menor número de centros comerciais nesse formato -, além de Manaus, Belém e Rondônia. Com certeza, a imensa maioria desses empreendimentos, senão todos, terá praça de alimentação.

Arnaldo Kochen é sócio diretor da Kochen Associados e integrante do Conselho do Casashopping-RJ.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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