O exterior amanheceu pressionado nesta terça-feira pelos comentários da agência de classificação de risco Fitch Ratings de que o desafio fiscal do Reino Unido é enorme. As bolsas europeias apresentam quedas expressivas e nos EUA os índices futuros oscilam entre o terreno negativo e o positivo, sustentados por declarações otimistas do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sobre a recuperação da economia norte-americana.
A Fitch recomendou que o Reino Unido reduza os empréstimos que toma em mais 1% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano para manter seu rating. A agência disse que o desafio fiscal enfrentado pelo governo britânico é enorme e justifica uma forte estratégia de consolidação no médio prazo, incluindo um ritmo mais rápido de redução do déficit do que o determinado no orçamento divulgado em abril deste ano.
Com isso, os comentários otimistas feitos por Bernanke em entrevista à rede ABC News não conseguiram sustentar os mercados Bernanke reafirmou que a economia norte-americana vai continuar a se recuperar, mas observou que o ritmo não será forte o suficiente para reduzir rapidamente o desemprego. “O mais provável é que teremos recuperação contínua, mas ela não será impressionante”, declarou.
Aumento industrial não é suficiente
O aumento de 0,9% na produção industrial da Alemanha em abril, na comparação com março, também não foi suficiente para dar impulso aos mercados, embora tenha ficado acima da expectativa de alta de 0,3% dos economistas consultados pela Dow Jones.