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Alemanha aprova taxa sobre bancos para cobrir futuros socorros

O gabinete da Alemanha aprovou ontem uma proposta que vai criar uma taxa sobre os balanços financeiros dos bancos, excluindo depósitos de clientes, e que pode gerar até 1,2 bilhão de euros anualmente. Já a Ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, afirmou que autoridades francesas vão anunciar seu plano para uma taxa em breve. As maiores economias do mundo estão avaliando estratégias para limitar a especulação e evitar crises futuras.
“As considerações alemãs serão muito úteis”, disse Lagarde após reunião no Gabinete alemão. “Com base nas conclusões do G-20 em Pittsburgh, nas recentes iniciativas da Comissão Europeia e do Comitê da Basileia, nós estamos apoiando a implementação de regimes de resolução para bancos em todos os Estados membros (da União Europeia)”, acrescentou.
Os governos da Alemanha e da França afirmaram que são capazes de intervir cedo caso um banco tenha problemas e de desativar instituições importantes para o sistema, incluindo as que atuam em mais de um país. A intenção é “impor disciplina ao mercado e proteger os fundos públicos”, segundo comunicado.
De acordo com o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, a taxa cobrada dos bancos deverá ser compatível com os planos de outros governos. O ministro acrescentou que ele e Lagarde pretendem pressionar os parceiros da zona do euro, do G-20 e as economias em desenvolvimento para tomarem tais ações. No entanto, observou Schaeuble, a Alemanha não vai esperar um plano europeu mais amplo antes de implementar sua própria cobrança.
“Essa é certamente uma medida para dizer que nós queremos receber de volta nosso dinheiro daqueles que causaram a crise”, disse Norbert Barthle, membro do partido União Democrata Cristã. “Por outro lado, um importante aspecto dessa medida é fazer provisões para o caso de um banco relevante para o sistema enfrentar problemas”, completou.
A Alemanha e a França estão entre os países que buscam propostas para taxar grandes bancos, entre eles EUA, Reino Unido e Suécia. A França prefere uma taxa que seja enviada diretamente para o orçamento geral, em vez de ser dedicada a um fundo de resposta para crise, segundo autoridades francesas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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