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Águas já invadem lojas

Embora a subida das águas demonstre menor intensidade, a CDL-Manaus informou que os efeitos das cheias no comércio do Centro da cidade já atingiram 32 lojas. Apesar do quantitativo, todos os estabelecimentos monitorados seguem funcionando normalmente, evidenciando que o comportamento do nível das águas está menor que o mesmo período do ano passado, quando ao menos 264 lojas na região central de Manaus sentiram os efeitos da enchente e 42 precisaram suspender as atividades. 

O presidente da entidade lembra que  no ano passado entre os estabelecimentos mais atingidos e que precisaram fechar as portas foram os que atuam na área da feira  da Manaus Moderna.

A situação coincide, com os dados do Porto de Manaus, informando que a cota do rio Negro chegou a marca de 29,38 metros nesta terça-feira (24). No mês de março a subida foi de 2,60 metros, em abril 1,57 e em maio apenas 0,65 centímetros registrando desaceleração.

“Atrapalha em 30% a 40% as vendas, mas essas lojas se mantêm abertas. Vamos esperar um pouco mais para ver o que vai acontecer. Espero que o volume das águas estabilize neste momento”, frisou o presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag. 

No início deste mês, o Jornal do Commercio conversou com alguns comerciantes sobre os reflexos da subida das águas nas ruas do Centro da capital nas proximidades da Manaus Moderna. Na ocasião, o grande desafio era tentar manter o fluxo dos clientes devido ao período que traz prejuízos. “Ano passado registramos retração de 40% no movimento”, disse o comerciante Aluízio Mato Grosso.

Uma das primeiras vias atingidas neste período é a rua dos Barés, localizada próximo a região da feira da Manaus Moderna. Embora os comerciantes que atuam na área acreditem que o nível das águas não atinjam o volume do ano passado, o fenômeno traz preocupação porque representa queda no movimento. 

O presidente da Assembleia da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Ataliba Filho, 

lembrou que a cheia do ano passado, atingiu significativamente o comércio em toda aquela área do comércio da orla da Manaus Moderna, que tradicionalmente abastece o interior do Estado e comprometeu essa logística “Acreditamos que até a primeira quinzena de junho vamos sofrer com essa cheia”. Ano passado, a água alagou algumas lojas e manteve acesso restrito ocasionando queda no fluxo de pessoas. 

Segundo Luna Gripp, pesquisadora do SGB-CPRM (Serviço Geológico do Brasil), o comportamento atual dos níveis dos rios ao longo dos meses está normal fazendo parte do processo de evolução pluviométrico, que normalmente quando chega nos meses de maio, junho e julho o ritmo de elevação é bem menor. “A gente observou de anormal no comportamento deste ano, a velocidade de subida do rio nos meses de março e abril foi muito acima do esperado, então a gente teve uma velocidade de subida muito rápida e fez com que atingisse muito cedo uma cota alta para aquele período do ano”. 

Números

No incio do ano, o nível do rio Negro seguia uma medição diária entre 3 a 5 centímetros, no inicio do ano,  com cota de até 8 centímetros.

Para que a encehtne de 2022 fiqeu entre as quatro maiores da história, o SGB-CPRM informou que a média de subida do Rio Negro precisa resgutrar o nível de 2 centímetros por dia. A maior cheia registrada no Amazonas foi a de 2021, quando o rio Negro atingiu a cota de 30,02 metros em 16 de junho.

Medidas de contenção 

Vale lembrar que em 2021, o presidente da CDL-Manaus Ralph Assayag buscou apoio dos vereadores para minimizar os prejuízos do segmento em razão das cheias. Uma das medidas é que os lojistas que tiveram seus estabelecimentos atingidos na ocasião ficassem isentos do IPTU a fim de minimizar os impactos entre eles possíveis demissões.  

Desde os primeiros sinais pluviométricos das ruas no Centro, a Prefeitura de Manaus vem realizando um trabalho de avaliação nestas áreas que sofrem com os efeitos das cheias. Uma equipe da Defesa Civil municipal tem monitorado as principais ruas na tentativa de garantir a trafegabilidade das pessoas e que o comércio da região continue aberto. Conforme o secretário executivo da Defesa Civil do município, coronel Fernando Júnior, o órgão faz esse monitoramento diário e para atuar na construção de pontes e passarelas garantir que as pessoas que frequentam a área central da cidade, caso o aumento do nível do rio eleve ainda mais, o órgão atuará no desvio do trânsito. “Nós estamos vivendo um  momento atípico da região, ainda continuamos no inverno amazônico as previsões para este trimestre ainda são de chuvas o nível do rio continua subindo e provavelmente devemos ultrapassar os prognósticos. Nós estamos acompanhando o monitoramento hidrológico feito pelo governo federal e estamos com as nossas equipes em outras localidades trabalhando a parte de trafegabilidade”. 

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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