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Águas do Amazonas expandirá capacidade de produção

A concessionária Águas do Amazonas anunciou que aumentará a capacidade de produção de água na cidade. Serão investidos R$ 17 milhões para melhorias e expansão da rede sanitária e reforma de mais sete subestações. Isto elevará a capacidade para produzir água para mais de 4 milhões de habitantes, o último censo mostra que a população de Manaus é superior a 1,8 milhão.
A expansão estava prevista no plano orçamentário da empresa e deverá aumentar para suprir o provável crescimento habitacional na cidade nos próximos anos. A capacidade de produção será expandida ainda em 2011.
“Cerca de R$ 7 milhões serão destinados no esgotamento sanitário e em reformas de algumas subestações localizadas em conjuntos habitacionais”, explicou o diretor de relações institucionais da empresa, Arlindo Sales.
O desembolso total da empresa para este ano é de R$ 27 milhões, que também deverá incluir os custos para combater roubos e fraudes no consumo de água na cidade. Do total, quase metade do orçamento será para esta finalidade, R$ 10 milhões, e segundo Sales esta é a média gasta anualmente pela empresa contra desvio de água. Quando questionado se a Águas do Amazonas poderia economizar no orçamento colocando contadores digitais em Manaus, o diretor disse que o custo seria alto para a concessionária.
“O registro digital existe sim, mais é caríssimo para se colocar. Instalar isso e a pessoa furar, para tentar impedir que conte, é jogar R$ 50 reais fora. A Águas do Amazonas não tem como processar e nem prender ninguém por furto de água. Recebemos mais de 150 processos de fraude por dia”, argumentou.

Fraudes nos contadores

Um dos principais desafios enfrentados pela concessionária na cidade é a fraude nos contadores de água. São 75 mil famílias em Manaus que possuem o contador, mas acabam arranjando um jeitinho de alterar o volume que passa pelo medidor. Já outras 35 mil nem medidor possuem. A estimativa é que em 2011 este problema gere uma perda de R$ 48 milhões para os cofres da Águas do Amazonas.
“A grande parte dessa fraude é em áreas de periferia de Manaus, mas há perdas em uma outra parcela de bairros consolidados”, revelou Sales.
Nos últimos 10 anos, a concessionária adquiriu uma dívida de inadimplência de R$ 280 milhões, o que corresponde a 130 inadimplentes divididos entre a categoria residencial, comercial, industrial e setor público. São mais de 300 milhões de contas que nunca foram pagas.
Do total que a empresa produz e distribui para a cidade, ela consegue faturar em apenas 35% do que foi fornecido. A base da arrecadação da empresa é sustentada basicamente pelos consumidores residenciais, 95% do total de ligações, e o comércio, indústria e poder público pesam juntos só 5%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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